SAÚDE

Campanha no Recife alerta para os riscos da automedicação

Uma pesquisa recente publicada pelo Conselho Federal de Farmácia, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 03/05/2019 às 8:21
Marcello Casal jr/Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Uma campanha para conscientizar sobre os riscos da automedicação está sendo realizada na manhã desta sexta-feira (3), até às 13h, na Praça Santa do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP). Farmacêuticos, estudantes e residentes atendem gratuitamente a população e esclarecem dúvidas sobre a prática, que é considerado um problema de saúde pública e o uso incorreto de medicamentos pode agravar doenças.

Serviços de glicemia, aferição de pressão, IMC, testes para hepatite C, além de coletores para o descarte adequado de medicamentos também estão sendo oferecidos.

A ação, que está em sua 8ª edição, é feita pelo Imip e pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). Uma pesquisa recente publicada pelo Conselho Federal de Farmácia, através do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.

Confira mais detalhes na reportagem de Lilian Fonseca:

Acessibilidade

A coordenadora do curso de farmácia da FPS, Flávia Morais, comenta que este ano o foco da campanha é falar sobre acessibilidade. “Poucos sabem, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou, em 2009, que as bulas dos medicamentos devem ser acessíveis apresentando perguntas e respostas com conteúdo em linguagem apropriada e fácil compreensão”, afirma

“Além disso, a resolução determina que a indústria disponibilize uma bula em formato especial para pessoas com deficiência em áudio, impressas em braille ou com fonte ampliada, que deve ser enviada no prazo máximo de até 10 (dez) dias úteis após recebimento da solicitação por telefone ou email, através do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC)”, finaliza a coordenadora.

Pesquisa

Em pesquisa realizada pela FPS com 47 indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais, constatou-se que apenas 16 empresas (34%) estavam cientes da resolução em questão, 20 empresas (42,5%) desconheciam sua existência e 11 empresas (23,5%) apresentaram o serviço de atendimento ao cliente indisponível.

Entre as que conheciam a resolução, apenas 07 disponibilizaram a bula em formato especial (03 em Braille, 03 em áudio e 01 em caixa alta) no prazo pré-estabelecido (10 dias), e outras 02, embora não enviaram a bula, disponibilizaram a leitura da mesma por telefone, cumprindo com a legislação vigente.