Brumadinho

Bombeiros seguem buscas por 35 vítimas após rompimento de barragem

Já são 100 dias de buscas por vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho

Estadão Conteúdo
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Publicado em 04/05/2019 às 19:54
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros-MG
FOTO: Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros-MG

O Corpo de Bombeiros completa neste sábado (4) 100 dias de buscas na região atingida com o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Até o momento, 235 mortes foram conrmadas e 35 pessoas seguem desaparecidas. Um total de 70% da localização de vítimas foi feita com a ajuda de cães farejadores.

O porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, voltou a armar na sexta-feira (3) que as operações de buscas prosseguem por tempo indeterminado. "O compromisso assumido desde o início é de que caríamos aqui pelo tempo necessário e que só terminaríamos as operações sob duas hipóteses: encontrarmos todos os desaparecidos ou não haver condições biológicas de avançarmos nas buscas devido ao avançado estágio de decomposição de alguns corpos". A barragem rompeu em 25 de janeiro.

Até o momento foram feitas cerca de 600 localizações de corpos e segmentos. O total, porém, inclui restos de animais. Conforme o tenente Aihara, até o momento cerca de 40 cães farejadores já atuaram no resgate de corpos em Brumadinho. Há um rodízio para que as condições físicas desses animais sejam preservadas, feito em parceria com outros Estados. Também na sexta-feira, seis cães atuam em Brumadinho, parte do grupo foi enviado de Mato Grosso e Sergipe.

Ritmo da operação

Em balanço dos 100 dias, o tenente, em entrevista a jornalistas na localidade de Córrego do Feijão, a mais afetada pela lama, armou não haver redução no ritmo da operação, mas que, hoje, há uma utilização maior de máquinas nas buscas. "Ao contrário do que muitas pessoas pensam, de que teria havido redução de força de trabalho aqui, nesse momento estamos com situação de máximo emprego. A diferença é que, como essas máquinas pesadas substituem o trabalho de muitos homens, nós temos um efetivo humano um pouco menor, e o de máquinas, bem maior".

São 17 frentes de buscas, segundo o tenente, com total entre 130 e 150 homens, além de 100 máquinas. A expectativa do Corpo de Bombeiros é de que, por ainda haver material para ser identicado por DNA, existe a possibilidade de redução no número de desaparecidos nos próximos dias.