CORTE DE VERBAS

Campus Agreste da UFPE opera com apenas 10% dos recursos

O corte imposto pelo Ministério da Educação é de mais de R$ 55 milhões

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 10/05/2019 às 10:49
Reprodução/UFPE - Caruaru
FOTO: Reprodução/UFPE - Caruaru

Uma reunião extraordinária no Campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Caruaru, discutiu os cortes orçamentários de mais de R$ 55 milhões impostos pelo Ministério da Educação. Sofrendo cortes desde 2013, hoje, a unidade opera com apenas 10% dos recursos da época.

O Campus Caruaru necessita de cerca de R$ 900 mil para funcionar e a redução de 30% deste valor prejudicaria a prestação de serviços mais básicos e acarretaria em demissões.

O diretor do Campus da UFPE Caruaru, Manoel Guedes, explica que a universidade vem sofrendo cortes a anos. “A universidade já vem sofrendo cortes desde 2013. Hoje a gente opera apenas com 10% dos recursos daquela época. Esse corte vai ultrapassar o limite mínimo que a universidade necessita”, afirmou.

A reitoria junto com professores, alunos, políticos e entidades sociais, discutiram nesta quinta-feira (9) encaminhamentos que serão deliberados na tentativa de reverter os impactos que os cortes trariam para a manutenção das atividades que podem ser afetados drasticamente.

O Campus Agreste Caruaru funciona há seis anos com 11 graduações e sete pós-graduações. Cinco mil alunos podem ser prejudicados com o funcionamento comprometido no segundo semestre.

O estudante de pedagogia, Péricles Macedo, está preocupado. “Eu venho de família grande e me lembro nitidamente de que a família tinha que escolher a pessoa que ia estudar, porque a universidade só estava na capital e hoje temos um projeto de interiorização que possibilitam a realização de muitos sonhos e tenho medo de perder tudo isso”, lamentou.

Confira os detalhes na matéria de Berg Santos:

Cortes

O Ministério da Educação informou que o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pelas bolsas de pesquisas das universidades federais, Anderson Ribeiro Correia, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (9) e informou que 3.404 bolsas sofreram bloqueios.

Além de prever redução no número de novas bolsas para todos os cursos de nota 3 e bloqueios de novas bolsas para os programas Idiomas Sem Fronteiras e Ciências Sem Fronteiras.