Estão sendo ouvidas na tarde desta quinta-feira, as testemunhas do caso de feminicídio de Patrícia Wanderley, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, área central do Recife. Também será decidido nesta quinta-feira (16) se o julgamento do caso vai a júri popular.
Patrícia Cristina Araújo Wanderley Lira, de 46 anos, morreu em novembro de 2018, depois que o ex-marido dela, Guilherme José de Lira Santos, de 47 anos, bateu com o carro que dirigia contra uma árvore.
Esta é a primeira vez que as testemunhas ficam de frente com o acusado. Ainda abalada com a morte da filha, Tereza Wanderley acredita que a justiça será feita.
O advogado do acusado, Carlos Sá, revelou que a defesa vai sustentar que a morte de Patrícia foi um acidente.
Ao longo da audiência de instrução, 18 pessoas vão prestar depoimento, sendo oito testemunhas de acusação, cinco de defesa e cinco informantes.
De acordo com o inquérito, a Polícia Civil mudou a qualificação criminal de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, para homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo torpe e feminicídio.
No dia 18 de dezembro, o acusado foi a julgamento de habeas corpus que foi negado pela Justiça.
Confira os detalhes na reportagem de Felipe Rocha:
Relembre o caso
O acidente aconteceu no dia 4 de novembro. Guilherme José Lira dos Santos, de 47 anos, e a ex-mulher se envolveram em um acidente de carro na Rua Fernandes Vieira, na Boa Vista, na área central do Recife. O veículo onde eles estavam bateu em uma árvore. Patrícia, segundo a polícia, estava sem cinto de segurança e morreu na hora. Guilherme sofreu apenas ferimentos leves.
Na época, o representante de medicamentos disse que perdeu o controle do veículo ao passar no meio fio. No entanto, durante as investigações e depoimentos de familiares da vítima, a polícia chegou à conclusão de que o acidente foi planejado e provocado por Guilherme com a intenção de matar a ex-companheira.