PASSAGENS AÉREAS

Sem a Avianca, Recife tem aumento de quase 75% no valor das passagens aéreas

As passagens tiveram um grande aumento se comparado com o mesmo período em 2018

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 17/05/2019 às 9:58
TV Jornal / Reprodução
FOTO: TV Jornal / Reprodução

Depois que a companhia aérea Avianca deixou de operar voos, no último dia 29 de abril, no Recife, houve uma redução das ofertas de voos no Aeroporto Internacional dos Guararapes, causando uma elevação nos preços das passagens aéreas.

Em uma pesquisa realizada por uma plataforma de comparação de preços, depois que a Avianca entrou em recuperação judicial e encerrou as atividades em vários aeroportos do país, algumas empresas concorrentes que ainda estão operando nos mesmos destinos passaram a oferecer os bilhetes por preços mais altos. Apenas entre maio de 2018 e maio de 2019, observa-se um aumento de quase 75% somente nas viagens de ida, partindo do Recife.

Os passageiros no Aeroporto Internacional dos Guararapes já perceberam uma alta nos preços, como conta o empresário Jonas Tartas. “Houve algumas mudanças que, no princípio, achei que seriam para melhor, mas percebi que só fizeram aumentar os preços das passagens, o valor das bagagens, as taxas dos aeroportos e para quem viaja sempre de avião sente muito o peso no bolso”, afirmou.

A passagem do Recife para Petrolina teve um aumento de quase 37% e passou a custar R$ 515. Nos voos para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o bilhete que custava R$ 689 em maio do ano passado, passou a custar R$ 1.094, uma alta de 73%. Já o destino que teve a maior alta foi São Paulo, no período de um ano, a tarifa subiu de R$ 646 para R$ 1.133, uma diferença de 75%.

Confira os detalhes na matéria de Michael Carvalho:

Além do aumento das passagens, a saída da Avianca pode provocar uma série de demissões e trazer consequências preocupantes para o turismo no estado, como detalha o economista André Moraes. “A saída da Avianca vai impactar não só o turismo, como em toda a cadeia que envolve o turismo. Os funcionários da empresa vão ser afetados como também as localidades turísticas”, contou.

O economista explica também que uma das estratégias para não pagar tão caro pelas passagens é ter cautela e optar pelos dias menos concorridos. “Algumas plataformas de consultas de passagens consegue oferecer um preço mais em conta. Se você sai de uma localidade em um dia que não tenha tanta demanda, o passageiro talvez consiga um preço mais em conta”, completou.