CRÍTICAS AO SUPREMO

Bolsonaro critica criminalização da homofobia e quer ministro do STF evangélico

"O Estado é laico, mas eu sou cristão", afirmou o presidente Jair Bolsonaro durante evento da Assembleia de Deus

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 01/06/2019 às 10:52
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FOTO: Reprodução/ Facebook

O presidente Jair Bolsonaro foi aplaudido de pé, nesta sexta-feira (31), em Goiânia (GO), quando ele participava de um congresso da Assembleia de Deus e perguntou aos presentes se não estaria na hora de o Supremo Tribunal Federal (STF) contar com um ministro evangélico.

“O Estado é laico, mas eu sou cristão. Então, com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto-lhes: existe algum entre os 11 ministros do Supremo evangélico? Cristão assumido?”, questionou o presidente.

Bolsonaro ainda aproveitou para alfinetar a imprensa. “Não me vem a imprensa dizer que eu quero misturar a justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos e respeitamos. Um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro do STF evangélico?”, disse.

Para mudança nas vagas de ministro do STF, Bolsonaro vai ter que esperar pelo menos até setembro de 2020, quando o ministro Celso de Melo vai completar 75 anos e está na época de se aposentar. Em 2021, Marco Aurélio Melo também vai se aposentar e essas são as duas vagas que serão abertas no mandato do presidente.

Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:

Crítica à criminalização da LGBTfobia

O presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas à interpretação que vem sendo dada pelo STF que está criminalizando a homofobia e a transfobia, que são manifestações de preconceito contra gays, lésbicas e transexuais.

“O Supremo Tribunal Federal está discutindo agora se a homofobia pode ser tipificada como racismo. Desculpe o supremo, que o respeito e jamais atacaria um outro poder. Mas, pelo que parece, estão legislando”, afirmou.

Na semana passada, já foi formada a maioria no STF para enquadrar e a transfobia como crimes semelhantes ao racismo.

As críticas ao Supremo aconteceram três dias após o presidente articular um “pacto pelo Brasil” em parceria com o Judiciário.