BRUTALIDADE

Polícia prende suspeitos de sequestrar e matar comerciante em Paudalho

O corpo da comerciante Jussara Maria da Silva nunca foi encontrado, mas a polícia acredita que a mulher, que foi sequestrada em fevereiro, está morta

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 05/06/2019 às 14:52
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira, integrantes de uma quadrilha suspeita de ter sequestrado e assassinado a comerciante Jussara Maria da Silva, de 33 anos. A operação Terra Vermelha foi deflagrada no início da manhã desta quarta-feira (5) em 12 cidades do Estado e envolveu 60 policiais. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa suspeita de diversos crimes.

A evangélica foi tirada de dentro de casa, em Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado, e levada para um cativeiro em Barreiros, na Zona da Mata Sul, no dia 13 de fevereiro. Na época, vídeos dela sendo ameaçada pelos criminosos foram enviados para a família.

O corpo de Jussara nunca foi encontrado, mas, para a polícia, ela está morta e o crime teria sido cometido em retaliação ao marido, o presidiário Marcos Rafael Pereira, que está no Cotel e fazia parte da organização criminosa. Ele era responsável por comprar drogas, mas em uma dessas transações da quadrilha ele teria desviado a mercadoria. A polícia trabalha agora para localizar os restos mortais da vítima.

Operação Terra Vermelha

Nessa operação, seis mandados foram cumpridos contra pessoas já presas e cinco contra alvos em liberdade, entre eles três mulheres que teriam participado do sequestro levantando informações da rotina da vítima e repassando ao grupo. Ainda há dois integrantes foragidos.

Um dos mandados foi expedido contra o próprio Marcos. Na época do crime ele estava em regime semi-aberto no Presídio de Canhotinho, mas depois foi solto e, em março, foi preso novamente com uma arma de fogo. O homem pretendia vingar a morte da esposa.

Além de responderem pelos crimes de sequestro seguido de morte, os alvos da operação vão responder por organização criminosa armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico e tortura seguido de morte.