Previdência

INSS: contribuição deve ser antes da aprovação da reforma, diz advogado

A ideia é que as pessoas façam ao menos uma contribuição para entrar no regime previdenciário atual

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 08/08/2019 às 11:29
Foto: Reprodução / Internet
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O advogado previdenciarista Paulo Perazzo concedeu entrevista ao programa Passando a Limpo, na manhã desta quinta-feira (8), na Rádio Jornal, e considerou a reforma da Previdência como fato consumado, ou seja, o advogado acredita que assim como na Câmara, a reforma também será aprovada no Senado Federal. Ele também comentou as principais mudanças para quem está no mercado de trabalho atual.

“Muita gente poderia se aposentar agora, faltando um ou dois anos. Para muita gente, essa situação só vai ser atingida daqui a cinco ou seis anos. Vai ser uma espécie de buraco negro para as pessoas se aposentarem nos próximos anos. Então vai haver esse buraco, no sentido de muitas pessoas não conseguirem atingir as regras de hoje e para poder atingir as novas regras vão demorar mais um tempo”, ponderou.

Perazzo alertou que, aqueles que ainda não fizeram nenhuma contribuição para o regime previdenciário atual, façam ao menos uma contribuição antes da aprovação da reforma no Senado.
"É de fundamental importância que, quem não contribuiu até hoje, faça uma contribuição, para entrar no sistema do INSS. Quem não tem nenhuma contribuição, vai ter que pagar 20 anos de contribuição, no caso dos homens, por exemplo. Agora se a pessoa tiver, ao menos, uma contribuição, só pagará 15 anos, pois vai entrar no sistema previdenciário atual", informou.

O advogado também analisou a possibilidade do Senado reincluir os estados e municípios na reforma geral.
“Está havendo uma pressão muito grande para que os senadores encampem essa ideia. É necessário entender que os estados precisam mais do que se imagina dessa reforma. Parte dos governadores que precisavam, ficaram fazendo aqueles discursos populistas e deixaram a conta para os deputados. É uma questão de responsabilidade tão grande que acredito que vão ultrapassar essa birra política, porque do contrário, daqui a pouco as pessoas ficarão sem dinheiro para receber”, afirmou Perazzo.

Ouça a entrevista na íntegra: