HOMENAGEM

Há um ano Graça Araújo apresentava o último Rádio Livre

A apresentadora da Rádio e TV Jornal faleceu no dia 8 de setembro do ano passado

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 06/09/2019 às 18:40
Divulgação/ Cine PE
FOTO: Divulgação/ Cine PE

Foi no dia 06 de setembro de 2018, uma quinta-feira. Resolvemos relembrar para você quem foi esta jornalista tão querida, que teve uma carreira consolidada no rádio e na TV e que criou e apresentou o Rádio Livre durante 17 anos. Durante esse tempo, o ouvinte da Rádio Jornal acompanhou o tom questionador e inconfundível de Graça Araújo, a frente do programa. A pernambucana de Itambé, Mata Norte do estado, fez um longo caminho até chegar ao posto de uma das maiores comunicadoras do país.

Foi em São Paulo, para onde se mudou com a família quando tinha apenas 3 anos, que Maria Gracilane Araújo da Silva, estudou e se formou em jornalismo. A paixão pela comunicação veio de um trabalho numa revista. Depois de se formar em 1987, Maria Gracilane resolve vir estagiar no Recife. E foi na rádio Clube que Maria Gracilane virou Graça Araújo. A adoção desse nome veio após uma sugestão do seu chefe, Edilson Torres. Graça começou a viver a rotina de uma redação e pôde realizar o sonho de fazer o que queria: ser repórter de rua. Foi a jornalista Marise Rodrigues, hoje gerente de jornalismo e programação da rádio folha, que acompanhou os primeiros passos da então estagiária.

Em pouco tempo, Graça Araújo participava das principais coberturas no estado. A jornalista Léia Campos, que foi repórter da extinta TV Manchete, era companheira de pautas de Graça Araújo na rua. Para ela, Graça era uma profissional diferenciada.

TV Jornal

Nos anos 1990, Graça Araújo enveredou pela televisão chegando à TV Jornal em 1992, consolidando sua carreira e se transformando na principal voz da emissora. Mas a apresentadora ainda alimentava um sonho: voltar para o rádio. Para Graça, o rádio era o veículo que mais chegava perto da população, cumprindo um papel social importante. O consultório e o boca no trombone foram criações dela visando ficar mais próxima do ouvinte. Para o comunicador Geraldo Freire, amigo e parceiro de trabalho de Graça Araújo, ela foi e sempre será o exemplo do bom jornalismo.

Graça recebeu muitos prêmios. O consultório de Graça, com o tema câncer de cérebro, levou o primeiro lugar na categoria rádio do prêmio SBN de jornalismo, concedido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, em 31 de agosto de 2018. Este foi o último prêmio recebido por ela.

Um ano de saudade

Há um ano, o jornalismo pernambucano ficava sem Graça Araújo. Ela que se considerava um milagre, por ter vindo de família humilde e ter alcançado o patamar de profissional bem sucedida, foi um milagre na vida de muitas pessoas. Para Geraldo Freire, Graça morreu do jeito que gostava, cumprindo seu principal papel na comunicação: estar perto do povo.