SARAMPO

Especialista analisa o aumento de casos do sarampo em Pernambuco

Segundo ela, mais pessoas estão procurando os postos de saúde para notificar os sintomas do sarampo, e com isso, mais casos têm sido confirmados

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 10/09/2019 às 12:01
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A superintendente de imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Ana Catarina de Melo, participou, na manhã desta terça-feira (10) de uma entrevista no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal. Durante o bate-papo, ele falou sobre o aumento de casos de sarampo em Pernambuco. Ela também comentou a superlotação encontrada nos postos de saúde e a falta da vacina pentavalente por parte do Governo Federal.

"Estamos em um momento que vamos começar a ter mais casos confirmados. Quando a gente divulga o número de casos, você tem uma sensibilidade maior de serviços, e vai ter um número maior de notificação, com alguns casos sendo confirmados. As pessoas transitam entre estados que estão com a circulação do vírus, então vai ter um aumento no número de casos”, explicou.

Questionada sobre a grande procura por vacinas e, consequente superlotação dos postos de saúde, Ana Catarina esclarece que isso se deve à falta de hábito das pessoas em se vacinar habitualmente. "Essa vacina é feita rotineiramente. Como todo brasileiro deixa tudo para última hora, acaba acontecendo essa superlotação. Por vários fatores, a população não procura o serviço habitualmente. Quando surgem os casos positivos, que chega a ter óbito, então a procura cresce ainda mais por esses serviços. Só podemos evitar as superlotações dos postos de saúde se as pessoas tiverem com as cadernetas de vacinação atualizadas”, garantiu.

Em julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, distribuição e uso da vacina pentavalente produzida pela empresa indiana Biologicals E. Limited. Segundo Ana Catarina de Melo, a quebra de contrato, e a suspensão das vacinas pentavalentes preocupam.

"Estávamos com problema em relação a pentavalente desde o meio do ano. Isso gerou uma preocupação. O volume que o Brasil vacina é imenso. Não sei qual foi o motivo dessa quebra de contrato, mas sei que o processo de aquisição não é tão simples. Segundo o Ministério da Saúde nos comunicou, a previsão de regularização é para fevereiro de 2020. Eles também estão tentando regulamentar junto a outros laboratórios para que essas vacinas cheguem o quanto antes", concluiu.

Ouça a entrevista na íntegra: