DESLIZAMENTO

Laudos indicando causa do deslizamento de barreira em Dois Unidos devem ficar prontos em 15 dias

A informação foi divulgada em coletiva nesta terça-feira pela secretária estadual de Recursos Hídricos, Fernandha Batista

Rádio Jornal
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Publicado em 24/12/2019 às 17:29
Felipe Ribeiro/ JC Imagem
FOTO: Felipe Ribeiro/ JC Imagem

A secretária estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, disse, na tarde desta terça-feira (24), que devem ficar prontos em 15 dias os laudos indicando o que provocou o deslizamento de barreira que resultou na morte de sete pessoas no Córrego do Morcego, em Dois Unidos, no Recife. O acidente ocorreu nesta madrugada. Segundo ela, a primeira chamada sobre o vazamento chegou ao controle de atendimento da Compesa às 3h05. A empresa de saneamento pertence ao governo do Estado.

Fernanda afirmou que foram tomadas todas as medidas no sentido de interromper o abastecimento de água de imediato. “Foi um acidente atípico. Não temos ocorrências desse tipo em períodos que não são chuvosos”, afirmou. E complementou: “O governo do Estado não vai se eximir de qualquer responsabilidade. Em 30 dias, não houve nenhum chamado da ocorrência de vazamento dessa localidade. Não descartamos a possibilidade de um vazamento, apesar de não ter havido registro”, revelou durante a coletiva. Geralmente, os deslizamentos de barreira são mais comuns nos períodos chuvosos, quando a terra está encharcada de água.

A secretária argumentou que o governo do Estado vai dar todo o apoio as vítimas e familiares nos hospitais, acompanhamento no Instituto Médico Legal, auxílio funeral, entre outros.

Ela revelou que é realizado um trabalho de monitoramento dos morros “rotineiramente” em diálogo com as lideranças comunitárias pelo governo do Estado e Compesa, mas não soube dizer qual a última vez que a localidade passou por esse monitoramento realizado em 2 mil pontos. São cerca de 190 profissionais do governo do Estado que estão trabalhando para dar assistência as vítimas e verificar o que ocorreu.

O governo do Estado também contratou dois especialistas para apurar o que ocorreu: os engenheiros Alexandre Gusmão e Fernando Jucá, presidente da Fundação de Amparo à Ciência (Facepe), que pertence ao Estado.

Defesa civil recomenda saída de mais cinco famílias

Na tarde desta terça-feira, a Defesa Civil do Recife recomendou a saída de cinco famílias de imóveis que apresentam algum tipo de risco após vistoria em conjunto com a Compesa. A Prefeitura do Recife colocou o abrigo municipal à disposição das famílias, que preferiram ir para casas de parentes. Durante a tarde desta terça-feira (24), a Defesa Civil auxiliou na mudança de alguns moradores, além da limpeza realizada pela Emlurb, que deve continuar nos próximos dias. A área permanecerá sob monitoramento permanente, segundo a Defesa Civil do Recife.