A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) investiga a morte de pelo menos 14 saguis em um condomínio fechado no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Entre as hipóteses, está a infecção pelo vírus da febre amarela. Os óbitos ocorreram no fim de dezembro passado e a informação foi revelada nesta terça-feira pelo blog Casa Saudável.
Técnicos do Programa Estadual de Controle das Arboviroses estiveram em Aldeia para coletar os animais, com o objetivo de fazer as análises para averiguar o que pode ter provocado as mortes. Também são levados em consideração possíveis surtos de herpes. O material já está sendo processado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).
Como forma preventiva, também será feita a vacinação de bloqueio contra a febre amarela na população que vive no condomínio de Aldeia e arredores. A ação de imunização será realizada pelo município de Camaragibe. O Programa Estadual de Imunização já capacitou os profissionais das salas de vacina e da Atenção Primária da cidade. Já o Programa de Arboviroses também fará palestras educativas com os moradores e funcionários do condomínio.
A Secretaria Estadual de Saúde também treinou, na última segunda-feira (06), equipes da brigada ambiental, vigilância ambiental e secretaria de Meio Ambiente do município de Camaragibe sobre a importância de notificar a ocorrência de morte de primatas não humanos e os cuidados ao encontrar esses animais. Também foi reforçada a importância de não alimentar animais silvestres nem maltratá-los. É importante frisar que matar macaco é um crime previsto em lei, com sanções como prisão e pagamento de multa.
Sem casos
A SES informa que não registra casos autóctones, que ocorrem no próprio território, de febre amarela em Pernambuco desde 1938. Ou seja, não há a circulação do vírus da doença no Estado desde então. Destaca-se também que os macacos não transmitem a doença para os humanos, sendo vítimas também do vírus. Importante lembrar, ainda, que Pernambuco realiza, desde 2017, a vigilância em epizootia para monitorar a mortalidade de primatas não humanos, sem óbito relacionado à febre amarela desses animais no Estado.