SAÚDE

Vacinação contra a gripe é antecipada para facilitar identificação do coronavírus

O Ministério da Saúde decidiu antecipar a vacinação, que começa no dia 23 de março para todo o Brasil

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 28/02/2020 às 15:12
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para facilitar o diagnóstico do coronavírus, o Ministério da Saúde resolveu antecipar o início da campanha de vacinação contra a gripe para o dia 23 de março em todo o Brasil. A vacina não protege contra o Covid-19, que é o propagador do novo coronavírus, mas protege contra outros vírus como o da influenza H1N1, H3N2 ou o vírus tipo B.

O diretor geral de Controle de Doenças, George Dimech, ressalta a importância de antecipar a vacinação não só para facilitar a identificação do coronavírus, mas também para proteger contra a gripe. "Não é porque o coronavírus está em evidência que a gripe perdeu importância. É uma doença no nosso cenário que pode ter quadros graves, e, com isso, tem que se prevenir dela também. Por ser um quadro muito parecido com o do coronavírus, evita que você seja confundido com o caso do coronavírus e entre nesse protocolo de suspeitos", explicou.

Segundo Dimech, a vacinação é direcionada, especialmente, para o grupo de risco e também grupos estratégicos, que são considerados propagadores da gripe. "Essa vacinação é direcionada, principalmente, para idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e crianças com menos de 5 anos. Essas pessoas têm essa indicação por causa da possibilidade de agravar o quadro. Além desses grupos, os profissionais de saúde também tomam por ter contato com outras pessoas e com isso acabam sendo propagadores da gripe", detalhou.

Ainda de acordo com George Dimech, dependendo do quadro clínico, os pacientes que forem identificados com o novo coronavírus podem ter um isolamento domiciliar. "O caso que foi confirmado em São Paulo, o paciente está em isolamento domiciliar. Para muita gente, qualquer caso suspeito ou confirmado, dependendo da condição clínica, ele pode ficar em casa desde que cumpra as regras de segurança, lavando as mãos, higienizando o ambiente onde está, manter contato só com os cuidadores, evitando contato com outras pessoas da família", alertou Dimech.

Ouça a reportagem de Juliana Oliveira:

Casos suspeitos no Brasil