SAÚDE

Moradores reclamam de falta de atendimento em posto de saúde do Cordeiro

Eles relatam que existe uma sobrecarga na médica, que só atende 5 pacientes por dia

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 11/03/2020 às 11:15
Reprodução/Google Street View
FOTO: Reprodução/Google Street View

Moradores do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, reclamam da falta de atendimento no posto Sítio das Palmeiras. O atendimento funciona a partir das 7h até o fim da tarde. Eles relatam que existe uma sobrecarga na única médica que atende no posto e, por isso, ela não consegue atender a toda demanda de pacientes da unidade de saúde.

Suely chegou ao posto de saúde às 2h30, no entanto, não conseguiu ser atendida porque a médica não compareceu ao serviço. “Foi necessário pegar um uber porque é perigoso vir nesse horário para cá. Quando deu 7h, elas chegam olhando pra gente e dizem que simplesmente a médica não vem. A gente tem que voltar para casa para volta na próxima segunda-feira e poder ser atendida”, relatou.

Ainda segundo a paciente, essa dificuldade para conseguir atendimento acontece há muito tempo. “Isso já vem acontecendo há uns 4 anos. A médica é uma pessoa de idade. Ela não tem condições de atender a demanda daqui. Não tem outra médica para substituir, ou seja, quando ela tira licença, férias, o posto fica descoberto porque não tem clínica geral. Quem sofre é o paciente", reclamou Suely.

Seu Urbano, de 80 anos, disse que a última vez que conseguiu atendimento foi no ano passado. "Consegui no dia 5 de julho de 2019. De lá pra cá, não consegui mais. Com isso, eu não consigo pegar o remédio porque a minha receita está atrasada e não tem ninguém que me atenda. Tenho 80 anos e tenho que ficar mendigando atendimento", lamentou.

Uma outra paciente, que preferiu não se identificar, contou mais detalhes da atual situação do posto Sítio das Palmeiras. “A médica só atende 5 pacientes. O posto foi reformado agora pouco e a gente chega aqui de madrugada para poder ser atendido. A médica chega e fica procurando sala porque não tem sala para ela. Não tem acesso para cadeirante. É muito problema que tem aqui", disse.

Ouça a reportagem de Juliana Oliveira: