O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse, nesta quinta-feira (31), que ainda é cedo para iniciar a liberação do isolamento social justamente agora que o Brasil apresenta acentuado número mortes provocadas pelo coronavírus. O país confirmou, nesta quinta, 85 mil casos de pessoas contaminadas e 5.901 mortes causadas pela covid-19.
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“Ninguém vai chegar aqui com uma coisa milagrosa. Não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. E mesmo quando a gente discute o número de municípios que não têm a doença, por exemplo, mais importante do que número de municípios é o número de vidas. Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada”, apontou o ministro da Saúde.
Há uma semana, o ministro da Saúde tinha prometido apresentar diretrizes prontas para orientação de prefeitos e governadores para que eles decidam sobre a manutenção do distanciamento social.
Presidente desmerece importância do isolamento
Também nesta quinta, o presidente manteve seu tom contrário ao isolamento social. Ele voltou criticar a adoção dessas medidas e avaliou que elas não fizeram efeito na contenção da curva de contaminação.
"Eu já disse, 70% da população vai ser infectada [pelo novo coronavírus]. Pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo o empenho para achatar a curva praticamente foi inútil. Agora, efeito colateral disso: desemprego. O povo quer voltar a trabalhar. Todo mundo sabe que, quanto mais jovem, menos problemas tem de ter uma consequência danosa em sendo infectado pelo vírus", afirmou Bolsonaro durante sua live semanal, transmitida pelo Facebook.