Saúde

Mesmo com protocolo do Ministério da Saúde, médico não é obrigado a receitar cloroquina, diz especialista

Presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco afirma que o protocolo de tratamento da covid-19 não obriga os profissionais de saúde a usarem a medicação

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 20/05/2020 às 10:03
Divulgação PCR / Andrea Rego Barros
FOTO: Divulgação PCR / Andrea Rego Barros

Em entrevista ao Passando a Limpo nesta quarta-feira (20) o médico George Trigueiro, que preside o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe), afirmou que o protocolo sugerido Ministério da Saúde hoje para tratamento precoce de pessoas com coronavírus é uma recomendação que os médicos na linha de frente já fazem desde o começo da pandemia no Brasil.

"Isso de tomar cloroquina ou tubaína é difícil. Quando vai politizar uma medicação, que tem hoje evidências clínicas e determinados trabalhos, mas se não tem evidências científicas, não há, até neste protocolo do ministro, nenhuma obrigatoriedade de um médico prescrever. O médico tem o livre-arbítrio, sua consciência de prescrever ou não e [isso] está associado ao consentimento do paciente. Mas esses protocolos existem há muito tempo. O que não se pode fazer é que se libere para que as pessoas estejam tomando em farmácia, com o balconista prescrevendo, se a pessoa não tem uma avaliação médica, se é realmente um problema viral, se há problema renal, hepático, cardíaco", afirmou Trigueiro.

O médico, que é presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, também falou da situação dos hospitais privados no estado que estão sendo afetados financeiramente com a pandemia do novo coronavírus.

Ouça a entrevista na íntegra: