Data comemorativa

Mesmo na pandemia, motéis do Recife têm procura por reservas para Dia dos Namorados

Administrador de redes de motéis da capital pernambucana afirma que procura por reserva de quartos é alta na data, que será celebrada nesta sexta-feira (12)

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 11/06/2020 às 10:03
Guga Matos/ JC Imagem
FOTO: Guga Matos/ JC Imagem

Com reforço na higiene e nas medidas de segurança por causa da pandemia do novo coronavírus, motéis do Recife esperam uma procura maior de clientes para a comemoração do Dia dos Namorados. Em entrevista ao Passando a Limpo nesta quinta-feira (11), Carlos Eduardo Pixoto, que administra uma rede de motéis na capital pernambucana, afirmou que há uma boa taxa de reservas para a data, celebrada na sexta (12), apesar da quarentena.

“Este ano, 50% dos motéis estão com reservas. Eu ainda tenho algumas reservas, e a gente ainda vai deixar alguns apartamentos rotativos. Esse ano vai ser bom”, disse.

Segundo ele, com as medidas de isolamento social mais rígido em Pernambuco, alguns motéis fecharam, mas outros continuam a funcionar mesmo com baixa procura.

“Na nossa rede, os hotéis que eu administro, estão todos abertos. A gente chegou, na época do lockdown, a 15% do faturamento. E, realmente, até agora estamos sofrendo muito, como todo comerciante de Pernambuco e do Brasil, mas estamos funcionando.”

O administrador acredita que as pessoas procuram o motel pela falta de opção diante de muitos estabelecimentos fechados. “O cliente não tem opção para ir: não tem restaurante, não tem boate, não tem nada. E o motel é uma opção. O cara está em casa, cheio, não aguenta mais estar em casa, com os filhos e pega a esposa para um happy hour.”

Medidas de higiene

Sobre os cuidados com a limpeza e higienização dos motéis, Pixoto afirmou que houve um reforço nos procedimentos para garantir a saúde dos clientes que frequentam esses locais, como reforço no uso de máscaras pelos funcionários e distribuição de álcool em gel.

“Nós já utilizamos a máquina de ozônio que mata 99% das bactérias. Quando o cliente sai, a camareira liga a máquina e deixa por 20 minutos. Ela nem entra na hora, só vai para ligar a máquina e liberar o apartamento. Essa máquina é utilizada até pelo [Hospital] Sírio Libanês, em São Paulo. Nós fizemos um curso específico para a pandemia para nossos funcionários e nossa lavanderia. Todos os apartamentos têm álcool em gel. É uma coisa nova, que a cada dia a gente está melhorando.”

Ouça a entrevista na íntegra: