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Governo Bolsonaro: Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação em um ano e meio

Antes de Milton Ribeiro, pasta foi assumida por Ricardo Velez Rodriguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 11/07/2020 às 10:01
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O professor Milton Ribeiro, pastor da igreja presbiteriana, é o novo ministro da Educação. O quarto a ocupar na gestão do presidente do Jair Bolsonaro em um ano e meio de mandato. Antes dele, o MEC foi comandado por Ricardo Vélez Rodriguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli.

Logo após o anúncio de Bolsonaro, a nomeação de Milton Ribeiro foi publicada em uma edição extra do "Diário Oficial da União", nesta sexta-feira (10).

Militar da reserva, Milton Ribeiro é formado em teologia, tem mestrado em Direito Constitucional e é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

O novo ministro da Educação aproximou-se do presidente Jair Bolsonaro logo após a vitória em outubro de 2018. No ano seguinte, ele foi nomeado membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

O anúncio foi feito no Facebook do presidente Jair Bolsonaro:

O Ministério da Educação virou uma trincheira de um grupo reacionário ligado ao escritor Olavo de Carvalho e que defende princípios educacionais como o movimento Escola sem Partido.

A posse de Milton Ribeiro será no início da próxima semana.

Conselho Nacional de Educação

Antes de nomear Milton Ribeiro para o Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro nomeou integrantes do CNE (Conselho Nacional de Educação), uma das heranças de Weintraub. Entre as principais funções do CNE está o de assessorar o MEC e propor políticas na área de educação.

Composto por onde integrantes, o conselho não tem nenhum representante nem da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação nem do Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Essas duas entidades, que representam a educação nos estados e nos municípios, divulgaram nota repudiando a nomeação dos membros do CNE, afirmando que o presidente ignorou “as indicações das instituições responsáveis pela gestão dos sistemas públicos de educação e desconsiderou as representações de 27 redes estaduais e 5.568 redes municipais e que vai na contramão da instituição do sistema nacional de educação”.