Auxílio

Auxílio emergencial: beneficiários denunciam venda de lugares na fila de agência da Caixa em Jaboatão

As enormes filas nas agências da Caixa são alvos de queixa desde o início do pagamento do auxílio emergencial

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 12/08/2020 às 13:38
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Beneficiários do auxílio emergencial denunciam um “esquema” de venda de lugares nas filhas da agência da Caixa Econômica Federal próxima à Praça Nossa Senhora do Rosário, no centro Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. As vagas seriam vendidas por valores que chegam a R$ 60. Desde o início do pagamento do benefício as enormes filas que se formam nas unidades bancárias têm sido alvo de queixas.

Um motorista, que preferiu não se identificar, ficou revoltado com a situação. De acordo com ele, o grupo é grande e consegue colocar muita gente dentro da agência “furando” a fila. “Vi uma turminha que fica frente da agência oferecendo dinheiro. Eles assoviam para o guarda que dá livre acesso para entrarem. Quando entram, dividem o dinheiro com o guarda e entre eles. Isso revolta porque fica todo mundo aqui desde às 5h e vê as pessoas, mais de 50, passando na frente”, relatou.

Nessa quarta-feira (12), começou a ser creditada na conta poupança digital da Caixa uma nova parcela do auxílio emergencial para os nascidos no mês de julho. O valor de R$ 600,00 poderá ser movimentado apenas no aplicativo “Caixa Tem” e só a partir do dia 27 de agosto estará disponível para saques. Mesmo assim muitas pessoas chegaram cedo na agência. A fila da agência do centro de Jaboatão estava lotada. Logo de manhã cedo, a quantidade de pessoas já dava voltas na Praça Nossa Senhora do Rosário.

O balconista Alon Silva madrugou para tentar chegar na agência antes da maioria. “Cheguei aqui eram 3h21 e já tinham umas 60 para 70 pessoas na fila. Se eu cheguei essa hora e já tinham essas pessoas todinhas, então isso quer dizer que eles chegaram uma meia noite aqui né?”, comentou.

Ouça a reportagem de Chintia Ferreira: