Invasão de privacidade

Advogado explica os crimes para quem filma ou fotografa pessoas em situações íntimas

O advogado João Bosco comentou sobre o caso da mulher que foi fotografada nua por vizinhos dentro de seu apartamento

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 20/08/2020 às 10:36
Pixabay
FOTO: Pixabay

Em entrevista ao Passando a Limpo desta quinta-feira (20), o advogado João Bosco Tenório falou sobre o caso de uma mulher que teve fotos publicadas por vizinhos enquanto estava sem roupa dentro do apartamento onde mora.

“Tem que ter bom senso, a pessoa tem seu apartamento, mas ela tem que olhar se o uso dele causa perturbação, distúrbio, impertinência a terceiros. É evidente que, se ela aparece de trajes íntimos ou nua dentro do seu apartamento, isso não é nada demais, se alguém olha talvez esteja cometendo o ato de observador ou, como diz o povo, ‘brechando’ a intimidade alheia. Isso não é crime, em tese, se expor à nudez perturbando a vida de terceiros, pode ser atentado ao pudor mesmo dentro do apartamento”, explicou o advogado.

Sobre a punição no caso de pessoas que fotografam outras como na situação da mulher, o advogado falou que tem sim consequências.

“Tem punição, sim, é uma invasão de privacidade. É você ser impertinente, sua conduta tem inconveniências sociais, perturbam a ordem pública, que a pessoa pode invadir a privacidade e é uma coisa até doentia”, afirmou.

Problemas nos condomínios

O advogado também falou sobre os problemas da vida em comunidade em prédios. Segundo ele, a situação de muitos patrões pedirem para seus empregados andarem em elevadores de serviços em vez dos sociais é extremamente errado.
“Não pode e não deve. Tem gente idiota ainda em pleno século 21 que acha que é melhor que os outros só porque os outros são empregados, só porque os outros têm uma condição financeira menos sortuda ou por sua cor. Aí pensa que já que é o dono de um apartamento que vale R$ 5 milhões podem estar humilhando o empregado que ganha um salário mínimo e meio ou dois salários mínimos, ou três salários mínimos”, opinou.

Confira a entrevista na íntegra: