PANDEMIA

Criança de 11 anos é primeiro óbito de síndrome rara associada à covid-19 em Pernambuco

Ao todo, Pernambuco já contabiliza nove crianças confirmadas com a síndrome rara associada à covid-19

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 25/08/2020 às 18:47
YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
FOTO: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM

Uma criança de 11 anos, moradora do Recife, é o primeiro caso em Pernambuco de morte em decorrência da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, quadro que acomete crianças e adolescentes após infecção pela covid-19. A informação foi revelada pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, nesta terça-feira (25), durante coletiva de imprensa. Ao todo, o estado já confirmou nove casos da síndrome rara.

“Atualmente, Pernambuco contabiliza nove casos desta síndrome, dos quais sete já evoluíram para alta, um está internado em enfermaria. Além disso, infelizmente, registramos a primeira notificação de um óbito de uma criança de 11 anos, residente do Recife, com diagnóstico da síndrome”, contou o secretário.

Segundo o secretário André Longo, os pacientes têm entre 4 e 13 anos e, do total de casos, quatro são do sexo masculino e cinco do sexo feminino. As crianças são de Joaquim Nabuco, Sirinhaém, Goiana, Limoeiro, Timbaúba, Flores e Recife, além de uma criança de Maragogi, em Alagoas, que foi assistida no Recife.

Covid-19 em crianças em Pernambuco

O secretário estadual de Saúde ainda revelou que os casos graves da covid-19 em crianças representam 2,5% do total de casos em todas as faixas etárias. Já os óbitos, apenas 0,6% do total.

“Ao todo, nós registramos, até agora, 647 casos graves na faixa etária até 14 anos, sendo 316 casos em crianças de até 1 ano, 227 casos de 2 a 9 anos e 104 casos de 10 a 14 anos. Com relação aos óbitos, foram 48: 26 na faixa etária até 1 anos, 18 entre crianças de 2 aos 9 anos e quatro em crianças de 10 a 14 anos”, detalhou André Longo.

Com relação à proporção de positividade da covid-19 para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), a média em Pernambuco, desde o início da doença, está em 53% em todas as idades. Nas crianças, essa proporção é menor, de 26%.

“Esses dados coincidem com relatos e estudos consolidados, dentro e fora do Brasil, que apontam que apesar de serem igualmente propensas a se infectarem pela covid-19, as crianças representam menor risco de desenvolver a forma grave da doença. Mas é preciso reforçar sempre que ninguém está imune ao vírus e todos podem se tornar vítimas da doença, até crianças. Por isso, todos devem seguir as regras protocolares de educação sanitária hoje preconizadas. Devemos sempre lavar as mãos, adotar o distanciamento social e usar a máscara corretamente todas as vezes que sair de casa”, destacou o secretário.

Veja os detalhes na coletiva: