Com as agências fechadas desde março, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adiou pela sétima vez a retomada do atendimento presencial ao público. Aposentados que precisam provar que estão vivos para receber o dinheiro têm enfrentado dificuldades.
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É o caso do senhor Severino Ferreira, de 59 anos. Há quatro anos ele recebia a aposentadoria pelo trabalho da vida inteira como vigilante, mas quando foi receber o benefício de julho tomou um susto: ele havia sido suspenso por motivo de óbito. “Eu estou aqui vivo e eles não querem reconhecer isso. Ligo para lá e eles dizem que está me análise e não resolvem nada”, reclamou.
Por conta da pandemia, o INSS disponibilizou urnas para coletar documentação de forma segura e lançou um projeto piloto para realizar a prova de vida virtual. Mas essas iniciativas não têm sido suficientes para atender a grande demanda da população.
Beneficiários que precisam de perícia afetados
O advogado João Varella elenca os benefícios mais afetados pela suspensão do atendimento presencial. “O auxílio doença, que depende de perícia médica; o benefício assistencial à pessoa idosa e deficiente, que necessita de perícia médica e avaliação social; a pensão por morte da pessoa com deficiência e a aposentadoria por deficiência, idade e tempo de contribuição porque demandam perícia e essas pessoas não conseguem finalizar seus processos administrativos”, detalhou.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram adiar até o dia 14 de setembro o retorno gradual e seguro do atendimento presencial nas Agências da Previdência Social.