POLÊMICA

Ensino básico: governador diz que ainda não é momento para retomada das aulas

Profissionais e donos de escolas particulares têm pressionado o governo para que as aulas presenciais sejam retomadas

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 03/09/2020 às 18:57
Hélia Scheppa/SEI
FOTO: Hélia Scheppa/SEI

Em pronunciamento divulgado nesta quinta-feira (3), o governador Paulo Câmara afirmou que ainda não é o momento para a retomada das aulas presenciais do ensino básico. Nesta quinta, profissionais e donos de escolas particulares realizaram um protesto para pressionar o Governo de Pernambuco.

O governador apontou que as aulas presenciais do ensino básico continuarão suspensas. “As escolas são espaços fundamentais para a sociedade. Garantem conteúdos, socialização, a rotina de trabalho para muitos pais, empregos, até mesmo refeições para milhares de estudantes, no caso das unidades públicas. Mas reabri-las significa colocar de volta em circulação e em convivência direta mais de dois milhões de estudantes no Estado, e o impacto dessa medida ainda não tem, no mundo, parâmetros científicos e precisos de controle”, afirmou Paulo Câmara.

Embora admita que todos desejem o retorno a uma vida normal, ele reafirma que hoje isso ainda não é possível. “Não é uma decisão simples, que poderia olhar apenas para a questão econômica, por exemplo”, frisou.

Tema está em pauta

Segundo o governador, o tema está sempre em pauta, em discussões permanentes no Governo, observando dados científicos e evidências que possam garantir um retorno em condições realmente seguras. “Nenhum governante, trabalhador, empresário gostaria de estar enfrentando uma situação tão grave, que ameaça vidas. Temos obrigação de agir para proteger as pessoas. A educação é uma prioridade incontestável do meu governo desde o primeiro dia, e continuará sendo até o último, assim como a defesa da vida”, disse.

Paulo Câmara reforçou ainda que todas as equipes envolvidas no enfrentamento à Covid-19 continuam mobilizadas para que Pernambuco siga no caminho das evoluções gradativas e que a luta para reconquistar uma rotina é também a luta para não perder vidas. “Temos que pensar nas crianças, adolescentes, jovens e em toda a cadeia de profissionais que retornaria às suas atividades presenciais para atender às demandas desse universo. Vamos juntos encontrar caminhos, porque o único enfrentamento que queremos fazer é o do combate à doença e ao vírus”, concluiu o governador.