Ciência

Mutação do coronavírus na Patagônia é investigada por cientistas no Chile

Estudo quer entender melhor a potencial mutação e seus efeitos nos seres humanos

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 09/10/2020 às 6:58
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FOTO: Pixabay

O Chile investiga uma possível mutação do novo coronavírus no sul da Patagônia, região remota que está passando por uma segunda onda bastante contagiosa de casos nas últimas semanas. De acordo com a agência Reuters, pesquisadores da Universidade de Magallanes haviam identificado “mudanças estruturais” nos espetos, formado inconfundível de coroa do vírus.

O cientista Marcelo Navarrete disse que a pesquisa está sendo conduzida para entender melhor a potencial mutação e seus efeitos nos seres humanos.

"A única coisa que sabemos agora é que essa ocorrência coincide, em tempo e espaço, com a segunda onda que está bem intensa na região", afirmou Navarrete.

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A região de Magallanes, no Chile, é de natureza selvagem, com geleiras que se espalham entre pequenas cidades e o centro regional Punta Arenas. O local tem tido uma alta de casos de covid-19 desde setembro, depois uma primeira onda mais cedo neste ano.

Hospitais cheios

Por causa na alta dos casos, hospitais estão chegando à capacidade máxima de ocupação na região, no extremo sul do Continente Sul-americano, altamente afetado. Ainda de acordo com a publicação da Reuters, autoridades do Ministério da Saúde do Chile disseram que já começaram a remover moradores doentes da região para a capital Santiago.

Outros estudos chilenos indicam ainda que o novo coronavírus pode evoluir enquanto se adapta a hospedeiros humanos.

Outro estudo preliminar, que analisou a estruturas dos vírus após duas ondas de infecção em Houston, nos Estados Unidos, descobriu que uma cepa mais contagiosa dominava as amostras mais recentes.