Operação "Amphis”

Polícia Federal deflagra operação contra doleiros que atuavam em Pernambuco

O grupo também atuava em outros estados do País e nos Estados Unidos

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 09/10/2020 às 11:42
Divulgação/PF
FOTO: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (9), a “Operação Amphis”, que teve início em 2014. A operação trata da investigação de atuação de doleiros em diversas modalidades criminosas, como evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, falsidade documental, descaminho e lavagem de dinheiro. O grupo criminoso atua na cidade do Recife, outras capitais do País e também fora do Brasil, mais precisamente no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

No Brasil, através da abertura de contas bancárias com documentos falsos ou em nome de empresas “fantasmas”, o grupo movimentou mais de R$ 200 milhões nos últimos 10 anos.

Suspeitos

Os suspeitos das medidas são três doleiros da capital pernambucana, e pessoas que os auxiliavam nas atividades criminosas. Além de indivíduos que se valeram de serviços ilícitos promovidos pelos mesmos, consistentes na remessa clandestina de divisas ao exterior.

Investigações

Cerca de 60 policiais federais estão trabalhando nas investigações. Foram cumpridos um total de 13 mandados de busca e apreensão. Ainda foi decretado, pela Justiça Federal de Recife, o sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas dos investigados e de empresas “fantasmas”.

A ação ocorre no Recife e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Goiânia (GO), São Paulo (SP), em Fortaleza (CE) e na capital do Rio de Janeiro.

Os policiais federais estão arrecadando material (documentos e arquivos digitais), que serão analisados posteriormente pela equipe de investigação da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF em Pernambuco.

Penas

As penas dos crimes, somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.

Nome

O nome da operação deriva do prefixo “Amphi”, de origem grega, que significa “os dois lados” utilizado na biologia para nomear cientificamente algumas espécies de animais.

A escolha desse “apelido” para a operação em questão foi em função dos principais alvos terem, cada um, pelo menos duas identidades (algumas falsas) e ainda por atuarem tanto Brasil, quanto nos Estados Unidos.