EDUCAÇÃO

Presidente do Sinepe avalia como tímido o retorno das aulas presenciais da rede privada em Pernambuco

José Ricardo Diniz cobra por um cronograma de retomada das aulas presenciais que contemple também os alunos do ensino infantil e fundamental no estado

Yuri Nery
Yuri Nery
Publicado em 13/10/2020 às 18:04
Yacy Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Yacy Ribeiro/JC Imagem

Após de sete meses sem aulas presenciais, alunos 2º ano do ensino médio das escolas da rede privada de Pernambuco retomaram às atividades nesta terça-feira (13). Por decisão das próprias instituições de ensino, algumas turmas do 3º ano, que tiveram o retorno autorizado para a última sexta-feira (9), também voltaram às salas de aulas nesta terça. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Diniz, compara o quantitativo de alunos do ensino médio da rede pública de ensino com os da rede particular e avalia a retomada como tímida.


“Na verdade, o avanço é muito tímido. Isso tem que ser dito. O ensino médio, dentro da rede privada, em Pernambuco, não chega a 15% de escolas que mantém o ensino médio (...) para que vocês vejam, o nosso total de alunos de ensino médio no estado, é de aproximadamente 315 mil. Na rede privada, nós não chegamos a 35 mil”, disse.

Retorno espalhado e lento


Para José Ricardo Diniz, o cronograma estabelecido pelo Estado para a retomada das aulas presenciais em Pernambuco é espalhado e lento.


“(...) Mais de 85% contemplam as escolas que têm educação infantil e ensino fundamental. Então, esse cronograma está muito espalhado. Como nós vamos promover o retorno gradual da educação infantil e do ensino fundamental? Já temos consistência do ponto de vista técnico, do ponto de vista científico, do ponto de vista que for. Nós temos consistência para promover uma retomada gradual, mas não tão lenta. E ela pode ter uma velocidade maior. Há necessidade, a sociedade clama”, disse.

Ensino infantil e fundamental


Mesmo o sindicato tendo judicializado uma ação cobrando pelo retorno das aulas na rede particular de ensino também para o ensino infantil e fundamental, a ausência de um cronograma para retorno presencial desses alunos tem sido um dificultador, explica José Ricardo Diniz.


“(...) O problema para a educação infantil e para o fundamental é maior. Porque nós não temos o cronograma. Ele não existe, ainda. Então é preciso que ele exista. A liminar falou claramente do retorno do cronograma já estabelecido. Mas a gente precisa do cronograma para o retorno do fundamental e da educação infantil para as escolas privadas, para que então a gente também possa iniciar”, finalizou.