O mês de dezembro se aproxima! O que significa dizer que o ano de 2020 já entrou em sua reta final. Faltam menos de sessenta dias para acabar o ano, o ano que colocou o mundo de ponta cabeça e convulsionou as nossas vidas. Ainda mais do que isso, um ano assaltado pela angústia e pelo medo, pela perda, o pesar e a dor. Um ano onde milhares e milhões de planos, projetos e sonhos foram abortados. Um ano que fez de uma afirmação do escritor Guimarães Rosa, o nosso mantra de advertência, cautela, e precaução, de cada dia: "Viver é perigoso. Muito perigoso!". A verdade dessa afirmação caiu sobre nossas vidas como o peso e a força de um bólido vindo dos céus, sobre nossas cabeças, expondo as nossas fragilidades, fazendo-nos ver o quanto somos vulneráveis.
Não apenas às armas nucleares de destruição em massa, mas, também, a microrganismos invisíveis a olho nu. Microorganismos que derrotaram a nossa arrogância e prepotência, que nos viraram pelo avesso, fazendo-nos ver, em escala planetária, que a vida é um bem comum, que ela nem é propriedade nem posse de nenhuma sociedade, nenhum povo, nenhuma raça, nenhum credo, nenhum governo, nenhuma ideologia, nenhum país. A despeito dos avanços extraordinários da ciência e da tecnologia, nos sentimos como crianças desamparadas e indefesas diante do covid-19, mesmo que milhares e milhões de pessoas, pelo mundo afora, tenham conseguido sobreviver a esse ataque viral em massa, em forma de pandemia. Sobre o assunto, o apresentador Marcelo Araújo conversou com o psicólogo Sylvio Ferreira, no programa Movimento Cultural.
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