Ministério da Saúde

Após aprovação de vacinas contra covid-19, ministro da Saúde fala sobre vacinação no Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista, neste momento, sobre a vacinação contra a covid-19 no país.

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 17/01/2021 às 16:19
Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista, neste momento, sobre a vacinação contra a covid-19 no país. A coletiva é no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro.

Veja a entrevista coletiva

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Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o uso emergencial no país das vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o consórcio Astrazeneca/Oxford. A reunião durou cerca de cinco horas.

No caso da CoronaVac, a taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência. Para a AstraZeneca, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.

O Ministério da Saúde afirmou que após a aprovação da Anvisa, o início da vacinação pode ocorrer em até cinco dias. A previsão é de que o processo possa começar no dia 20 ou 21 de janeiro.

1º vacinada

A primeira pessoa a ser vacinada no Brasil contra a covid-19 é mulher, enfermeira, negra e atua na linha de frente do combate à pandemia.

Ela recebeu uma dose da CoronaVac, uma das vacinas contra a covid-19 (novo coronavírus) aprovada, neste domingo (17), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Enfermeira

Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Emílio Ribas, no centro de São Paulo.

Ela foi vacinada ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fiador da CoronaVac.

"Eu tenho em mente, sempre, que não posso me abater, porque os pacientes precisam de mim, por isso tenho sempre uma palavra de positividade e de que vamos sair dessa situação. O que me ajuda também é o prazer que sinto com o meu trabalho", afirmou.

A moradora de Itaquera, na Zona Leste, pertence ao grupo de risco da covid-19: é obesa, hipertensa e diabética.

Carreira

Ela atuou como auxiliar de enfermagem, durante 26 anos, e resolveu fazer faculdade, depois. Mônica formou-se aos 47 anos. "Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito, a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona," disse.

Mônica é viúva e mora com o filho, de 30 anos. Nenhum dos dois foi infectado pela covid-19 até agora. Ela afirma que tem se cuidado muito para proteger também sua mãe, de 72 anos.

Vacinas aprovadas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu hoje (17) para decidir os pedidos de autorização para uso emergencial de vacinas contra a covid-19. O Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do consórcio Astrazeneca/Oxford, entraram com requerimentos de autorização em caráter emergencial para suas vacinas.

Vacinação contra covid-19 em Pernambuco

Os pernambucanos aguardam ansiosos pela vacina contra a covid-19. Na quinta-feira (14), o secretário estadual de Saúde, André Longo, comandou a reunião extraordinária do comitê técnico estadual para acompanhamento da vacinação contra a covid-19.

A partir dos acordos e aprovação do Comitê, o plano seguirá para pactuação final, nesta segunda-feira (18), na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), órgão que reúne as representações das secretarias municipais para pactuações junto ao Estado.

De acordo com Longo, a expectativa era de que, com a aprovação, neste domingo, pela Anvisa, as doses da vacina contra a covid-19 cheguem a Pernambuco nesta semana.