Após a divulgação de que o Governo Federal gastou R$ 1,8 bilhão em alimentos como leite condensado, chicletes e alfafa em 2020, o Portal da Transparência saiu do ar entre a noite da terça-feira (26) e o início da manhã desta quarta-feira (27). Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o caso precisa ser esclarecido.
“Ontem, o Portal da Transparência do Governo Federal, exatamente no momento em que saltam aos olhos essas despesas, foi tirado do ar ou ficou fora do ar. Eu vou até dar o benefício da dúvida, acreditemos que ele não foi tirado. No momento em que essas despesas saltam aos olhos, é uma demonstração clara e, veja, na história republicana, não se tem notícia disso do Portal da Transparência ficar tanto tempo fora do ar”, disse o parlamentar em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira.
“É por isso que, hoje, vamos fazer outra representação. Porque isso fere a Constituição, artigo 37, que fala que a administração pública é regida pelos princípios de impessoalidade e transparência, fere a lei complementar 135 e a lei complementar 101”, afirmou.
TCU
Ainda na terça-feira, o O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) pediram que o Tribunal de Contas da União investigue os gastos do Governo Federal com alimentos.
Na entrevista ao Passando a Limpo, Randolfe lembrou que o caso dos gastos do governo com alimentos ganhou notoriedade em meio à crescente de casos graves de doentes com covid-19. “A minha região, a Amazonia, está vivendo um colapso. Pacientes estão tendo de ser transferidos para outros estados. Falta oxigênio. Aí vem a notícia de que o governo gasta 1 bilhão com chiclete, alfafa, é um contraste”, disse Rodrigues.
Confira a entrevista na íntegra: