2021

Volta do auxílio emergencial pode acontecer pela última vez, diz Bolsonaro: "não é uma aposentadoria"

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre como deve ser o auxílio emergencial, em 2021

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 16/02/2021 às 9:28
Leonardo Sá - Agência Senado
FOTO: Leonardo Sá - Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está passando o feriado de carnaval em São Francisco do Sul (SC). Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao SBT Santa Catarina, nessa segunda (15), ao lado do secretario de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior.

Durante a entrevista, o presidente Jair Bolsonaro comentou, entre diversos outros assuntos, sobre o auxílio emergencial, em 2021.

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Auxílio emergencial

O retorno do auxílio emergencial, em 2021, tem sido um dos assuntos mais discutidos, neste mês de fevereiro. Sobre a possibilidade desse retorno, Bolsonaro disse que vai acontecer, mas que o auxílio emergencial "não é uma aposentadoria".

"O pessoal tem que entender que chama emergencial. Isso não é uma aposentadoria. E cada vez que você paga, você tem um endividamento que, no futuro, o povo vai ter que pagar", afirmou o presidente, ressaltando que as medidas de prevenção ao novo coronavírus (covid-19), como fechamentos e lockdown, foram as responsáveis por afetar a economia do país.

"Desde o começo eu falava que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego. Deveriam ser tratados ambos de forma simultânea e com muita responsabilidade. Isso não foi feito. Então a economia está aí com esse problema. Veio a inflação também em cima disso", disse.

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Acordo para prorrogação do auxílio

Bolsonaro afirmou também que já há um projeto para a prorrogação do auxílio emergencial, discutido entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Vai ser concedido, por três ou quatro meses, um valor que não está definido ainda. Agora parece que vai ser a última vez", afirmou.

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Combustíveis

Bolsonaro declarou estar resolvendo a questão do preço do óleo diesel, um dos motivos para a nova Greve dos Caminhoneiros, deflagrada por parte da categoria, em 2021, além do preço do gás de cozinha.

"Temos um problema que vai ser solucionado que é o preço do óleo diesel, num primeiro momento. Vamos zerar os impostos do gás de cozinha para mostrar para a população, que está pagando, 90, 100, até mais que cem reais, o botijão do gás de 13kg, que o preço de origem custa R$39. Daí pra fora é imposto estadual, transporte e engarrafamento. Vamos ver quem é que por ventura está abusando desse preço", afirmou.

"Como a questão do óleo diesel, o imposto federal em cima do óleo diesel são 33 centavos por litro. Eu acho bastante alto. Mas é um valor fixo", ele disse, explicando a tributação sobre o combustível.

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Armas

Sobre o decreto das armas, assinado na semana passada e que causou polêmica, o presidente Jair Bolsonaro declarou que "Primeiramente, tivemos em 2005, via plebiscito, o povo decidiu pelo direito de comprar armas e munições no Brasil. Isso foi desrespeitado. Tivemos o estatuto do desarmamento, agora o estatuto deixou brechas. Eu fui onde eu podia ir na legislação, eu fui".

Sobre a discussão de que esse tipo de alteração seria competência do Congresso Nacional, levantada pelo vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, Bolsonaro disse que 'fica com a opinião' do presidente da Câmara, Arthur Lira.

"Ele [Marcelo Ramos] é vice-presidente da Câmara. Agora, o presidente Arthur Lira já falou que nós não extrapolamos a lei. Então eu fico com a opinião do presidente da Câmara e não com o vice- presidente", disse.

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Entrevista

Bolsonaro falou também sobre a Operação Lava-Jato, a vacinação contra a covid-19, a Greve dos Caminhoneiros, a polêmica do leite condensado e a Petrobras. Confira a entrevista completa: