Política

Daniel Silveira já foi preso mais de 90 vezes: veja quem é o deputado bolsonarista que ameaçou ministros do STF

Preso nessa terça-feira (16), Daniel Silveira é ex-policial militar do Rio de Janeiro e disse que imaginou surra em ministros do STF

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 17/02/2021 às 10:20
Reprodução/TV Globo
FOTO: Reprodução/TV Globo

Preso por ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal e fazer apologia ao AI-5, o deputado federal Daniel Silveira já acumula no currículo mais de 90 prisões. A informação foi divulgada pelo próprio parlamentar, que se sentiu “orgulhoso” por ser preso mais uma vez nessa terça-feira (16).

“Ministro [Alexandre de Moraes], eu quero que você saiba que está entrando numa queda de braço que você não pode vencer. Não adianta você tentar me calar. Eu já fui preso mais de 90 vezes na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Fiquei em lugares que você nem imagina. Você nem imagina o que já enfrentei, ministro”, revelou o deputado em vídeo gravado e publicado na noite dessa terça-feira, logo após a Polícia Federal chegar à casa do parlamentar.

Quem é o deputado federal Daniel Silveira?

Daniel foi eleito deputado federal pelo PSL do Rio de Janeiro e é apoiador incondicional do presidente Jair Bolsonaro. O PSL, inclusive, foi o partido pelo qual Bolsonaro também foi eleito nas eleições de 2018. Para ser eleito, Silveira recebeu 31.789 votos.

Atualmente, Daniel Lúcio da Silveira tem 38 anos de idade, de acordo com o site da Câmara dos Deputados. Ele nasceu em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, onde foi preso. É estudante do curso de Direito e se define, no Twitter, como “conservador, totalmente parcial e ideológico”.

Segundo a CNN Brasil, além de deputado federal, Silveira também é professor de muay thay. Ainda não se sabe exatamente os motivos que fizeram com que, enquanto era policial militar, o deputado tenha sido preso tantas vezes.

Placa de Marielle

Na campanha de 2018, Daniel ficou conhecido por ter quebrado uma placa com o nome da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco durante um comício ao lado do governador afastado do Estado, Wilson Witzel (PSC).. A vereadora havia sido assassinada meses antes.

Investigação

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o deputado também é investigado no Supremo Tribunal Federal por convocar, organizar e financiar atos antidemocráticos. Ele também é um dos alvos dos inquéritos das fake news e dos ataques contra ministros do STF.