POLÍCIA

Deficiente não consegue entregar celular para criminoso e é morta a tiros em Jupi

Cleonice Ana da Silva tinha 35 anos. Ela não entendeu quando o criminoso pediu o celular e foi surpreendida com dois disparos na cabeça

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 25/02/2021 às 17:35
Pixabay
FOTO: Pixabay

Ser deficiente mental pode ter sido o principal motivo de Cleonice Ana da Silva, de 35 anos, ter sido vítima de um latrocínio, na noite dessa quarta-feira (24), no bairro Cohab, na cidade de Jupi, Agreste de Pernambuco.

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Por volta das 19h, um criminoso invadiu a casa da irmã da vítima, anunciando um assalto e solicitando objetos das pessoas que estavam lá dentro. Cleonice não entendeu bem o que estava acontecendo e não repassou nada. Diante disso, foi surpreendida com dois disparos de arma de fogo na cabeça. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu.

Cleonice morava sozinha em uma casa, após a mãe ter morrido há aproximadamente um ano. Mas, por causa da deficiência, toda noite ia dormir na casa da irmã, que fica na mesma rua, local em que ocorreu o latrocínio. Ao longo da manhã desta quinta-feira (25), familiares aguardavam a liberação do corpo para a realização do velório e, em seguida, o sepultamento. Segundo Rosália Maria, parente de Cleonice, ela era uma pessoa alegre e com inocência de criança. Ainda surpresa com o que aconteceu, agora, espera que a justiça seja feita.

Investigações

Jupi é uma cidade pacata, com aproximadamente 15 mil habitantes. Tamanha barbaridade fez com que todos ficassem chocados, principalmente quem conhecia Cleonice. Desde ontem (24), equipes das polícias civil e militar estão realizando buscas para tentar identificar os suspeitos, mas, até o momento, ninguém foi preso. Na rua em que o crime aconteceu, existem câmeras de segurança que podem ajudar a chegar nos autores. Quem atendeu a ocorrência foi o delegado de Lajedo, Marcelo Francisco, que iniciou a investigação.