COVID-19

Após mais de 11 mil mortes, cemitérios do Grande Recife começam a abrir vagas para novas vítimas da covid-19

Em Olinda, serão 600 novas construções de covas e gavetas nos cemitérios de Guadalupe e Águas Compridas

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 04/03/2021 às 13:00
Tião Siqueira/TV Jornal
FOTO: Tião Siqueira/TV Jornal

Diante do crescimento de casos e o aumento de mortes provocadas pelo novo coronavírus (covid-19), cemitérios do Grande Recife começaram a abrir mais covas para receber os corpos das vítimas da doença. Atualmente, Pernambuco registrou, até essa quarta (3) mais de 11 mil pessoas que perderam as vidas para o vírus.

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Em Olinda, ao todo, serão 600 novas vagas em dois cemitérios. No de Guadalupe, serão construídas 200 gavetas e no cemitério de Águas Compridas 400, todas elas para sepultar as vítimas da covid-19. A ampliação ainda não começou por conta do período de chuva.

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Serviço urgente

Por meio de nota enviada pela Secretaria Executiva de Manutenção Urbana da cidade, a prefeitura informou que o serviço é considerado urgente e necessário para evitar um colapso devido a pandemia. A equipe de reportagem não teve permissão para entrar nos dois cemitérios.

Recife

Já no Recife, a prefeitura instalou um contêiner na área externa do Hospital do Idoso no bairro de Areias para armazenar corpos, já que de acordo com a Secretaria de Saúde, o necrotério do hospital foi usado para ampliar a quantidade de leitos de UTI para pacientes internados com a doença.

Em relação aos cemitérios, a prefeitura garantiu que das 5.639 covas e gavetas abertas no ano passado destinadas para vítimas do novo coronavírus. Ao todo, 1.572 ainda não foram ocupadas nos cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores. Segundo a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), os cemitérios não correm risco de superlotação.

Nota da Prefeitura de Olinda íntegra

A Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) informa que desde o ano de 2020, quando teve início a pandemia do Novo Coronavírus, vem trabalhando na ampliação dos espaços para sepultamento das vítimas da Covid-19. A intervenção ocorreu no Cemitério de Águas Compridas com a abertura de novas covas para acomodar os corpos de pessoas acometidas pelo vírus.

A SEMU chegou, na época, a desapropriar um terreno ao lado do referido cemitério para a abertura de novos espaços. Com relação ao Cemitério de Guadalupe, o mesmo procedimento não pode ser adotado uma vez que o local se encontra dentro do Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura fisica.

A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19. O órgão ressalta que vem adotando todos os esforços necessários para que os olindenses sejam assistidos de forma digna.