JAIR BOLSONARO

Bolsonaro critica medidas restritivas por causa da covid-19: 'Economia e vida têm que andar de mãos dadas'

Presidente Jair Bolsonaro deu a declaração nesta quinta-feira (11).

Com informações da Agência Brasil
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 11/03/2021 às 18:00
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro criticou novamente, nesta quinta-feira (11), as medidas restritivas impostas por governadores como prevenção à disseminação do novo coronavírus no país. Para Bolsonaro, “lockdown não é remédio” para o combate ao vírus e pode agravar situações, como o desemprego e a saúde mental da população.

“Sou preocupado com vidas”, disse o presidente. “Mas, como sempre disse, a economia e a vida têm que andar de mãos dadas. Temos dois problemas que se agravam, o vírus e o desemprego”.

Bolsonaro participou nesta quinta-feira, por videoconferência, de encontro da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também discursou no evento.

>>>Novo auxílio: cadastro com base na 'Regra do CPF' é ampliado nesta quarta (10); veja se tem direito

>>> Novo auxílio emergencial terá 'regra do CPF'; saiba mais e veja como se cadastrar

>>> Novo auxílio: cadastro com base na 'Regra do CPF' começa nesta terça (9); veja se tem direito

>>> Mais pessoas liberadas para cadastro com base na 'Regra do CPF' nesta quinta (11); veja se tem direito

Auxílio Emergencial

De acordo com o presidente, somando com auxilio emergencial, foi gasto no ano passado por volta de R$ 700 bilhões para enfrentamento à pandemia de covid-19. “Lá atrás quando se decidiu pela política de lockdown, do confinamento, do 'fica em casa', o objetivo era dar tempo dos hospitais se aparelharem, para que fossem feitos hospitais de campanha, para que fizessem leitos de UTIs, se comprassem respiradores. E não faltou dinheiro por parte do governo federal”, disse.

Aprovação da PEC

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (11), em segundo turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza uma nova rodada do auxílio emergencial a vulneráveis e institui mecanismos de ajuste nas despesas, como congelamento de salários de servidores, quando há elevado comprometimento das finanças de União, Estados e municípios.

O placar foi de 366 votos favoráveis a 127 contrários. Por se tratar de uma mudança na Carta Magna, a medida precisa ser aprovada em dois turnos por, ao menos, 308 parlamentares. O primeiro turno foi aprovado na madrugada de terça para quarta (10), por 341 votos a favor e 121 contra.

Agora, os deputados passam a avaliar os pedidos de alteração ao texto final. Há 11 destaques cadastrados - esta fase ontem levou mais de 12 horas para ser concluída com dez requerimentos do tipo na pauta. Se não houver alteração do mérito, após essa fase, a PEC pode seguir para promulgação, do contrário precisa voltar para o Senado.

O primeiro destaque a ser avaliado é do PT que derruba dispositivo que indica que uma Lei Complementar deve definir regras sobre alienação de ativos para abatimento da dívida pública.

Ao longo da primeira fase de votação, apenas uma alteração foi aprovada. Os parlamentares derrubaram um dispositivo que daria mais flexibilidade ao governo na gestão do Orçamento ao aprovar destaque do PDT, que retirava do texto a possibilidade de desvinculação de receitas hoje carimbadas para órgãos, fundos ou despesas específicas. Foram 178 votos a favor e 302 contra a retirada – eram necessários 308 votos contrários para manter o texto do relator.

Possível alteração

Uma nova alteração deve ser aceita hoje com dois destaques dos partidos da base, porque o governo abriu mão de impedir promoções e progressões das carreiras do funcionalismo, para evitar que os deputados retirassem todas as contrapartidas fiscais do texto que autoriza uma nova rodada do benefício. Pela negociação, os servidores públicos vão continuar com o direito à progressão automática nas carreiras, com o respectivo aumento nos seus salários.