VACINA

Covid-19: Instituto Butantan começa a produzir a vacina Butanvac

A promessa do instituto é de que em junho já tenham sido produzidos dezoito milhões de doses

Agência Brasil
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Publicado em 28/04/2021 às 19:59
Leonardo Benassatto/REUTERS
FOTO: Leonardo Benassatto/REUTERS

A Butanvac é uma nova vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida por um consórcio internacional. Segundo o Butantan, nessa quarta-feira, começou a ser produzido o primeiro lote com um milhão de doses da vacina contra a covid-19. A promessa é de que em junho já tenham sido produzidos dezoito milhões de doses.

Mas para elas começarem a ser aplicadas nas pessoas, a vacina ainda precisa passar por todas as etapas de testes em seres humanos.No dia 26 de março, o Butantan entrou com o pedido para iniciar os testes da vacina. Mas a Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pediu para o instituto completar a documentação. A resposta foi enviada há uma semana, no dia 23 de abril. Nessa terça-feira, o Anvisa pediu mais informações.

O pedido é para fazer os testes de fase 1 e 2 em seres humanos. Essas fases avaliam a segurança e a eficácia. Se o novo imunizante passar nessas etapas já é possível pedir a autorização para o uso emergencial. Se o estudo for aprovado ainda essa semana, o Butantan calcula ter os primeiros resultados no começo de setembro.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o instituto já está preparando a nova documentação, mas acha que a Anvisa tem informações suficientes para autorizar os testes da nova vacina.

A Butanvac está sendo produzida na mesma fábrica que é usada para produzir a vacina contra a gripe. A produção passa por inocular ovos de galinha com o coronavírus inativado. Até junho, o instituto espera ter produzido 40 milhões de doses. A vantagem da Butanvac é que, diferente de outras vacinas contra o coronavírus, o IFA, o Insumo Farmacêutico Ativo, poderia ser produzido pelo próprio Butantã, sem precisar de importação de matéria-prima.

ATRASO

Sobre o atraso na entrega de doses da Coronavc ao Ministério da Saúde, o Butantan informou que ele foi provocado pelo atraso na importação do IFA produzido na China.

Segundo o cronograma inicial, o Butantan deveria entregar 46 milhões de doses até o dia 30 de abril. Mas deve chegar a pouco mais de 42 milhões de doses, mesmo com a remessa prevista para ser entregue até sexta-feira.

O instituto prometeu entregar o restante na semana que vem e, agora, aguarda uma nova remessa de 3 mil litros do IFA para começar a produção de outros 54 milhões de doses contratados pelo Ministério da Saúde. Nós pedimos à Anvisa que comentasse as críticas de Dimas Covas e estamos aguardando a resposta.