SAUDADE

Pai do menino Henry Borel faz tatuagem em homenagem ao filho

O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março; o padrasto e a mãe da criança foram indiciados por homicídio duplamente qualificado

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 07/05/2021 às 16:25
Reprodução/ Instagram
FOTO: Reprodução/ Instagram

O pai do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março, prestou uma homenagem ao filho tatuando o rosto da criança no antebraço. A arte foi publicada no Instagram do tatuador, nesta sexta-feira (7).

Em vídeo publicado nas redes sociais, o engenheiro Leniel Borel de Almeida Júnior comentou o gesto. "Queria agradecer o Gustavo que está eternizando meu filho no meu braço. Está sendo uma homenagem muito especial para mim. Meu filho que vai estar para sempre ao meu lado", comentou.

Leniel Borel aproveitou a ocasião para pedir que as pessoas assinem a petição para aumentar a pena para assassinatos de crianças causados pelo padrasto ou a madrasta. "Queria aproveitar o momento pra fazer um pedido a vocês. Tem uma petição do Projeto de Lei 1386/21 para aumento de pena para assassinatos de crianças causados por padrastos e madrastas. Queria pedir o apoio de vocês para que pudessem votar. Que aconteceu com meu filho não aconteça com outras crianças", disse.

Veja o vídeo:

Relembre o caso

Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março, no apartamento em que morava com a mãe, a professora Monique Medeiros e o padrasto, o vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio duplamente qualificado - impossibilidade de defesa da vítima e pelo emprego de tortura Jairinho e Monique Medeiros.

Laudo do Instituto Médico Legal revelou que o menino, morto no dia 8 de março, sofreu 23 lesões, três delas na cabeça, e morreu devido a uma hemorragia no fígado provocada por ação violenta.

Além do homicídio, Jairinho também foi indiciado por dois episódios de crime de tortura ocorridos em fevereiro e Monique, por tortura por omissão, porque, segundo as investigações, ela sabia que o filho estava sendo torturado e não agiu para evitar o crime.

O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que vai decidir se denuncia ou não o casal pelos crimes.