SAÚDE

Família luta por leito de UTI para recém-nascido internado no Hospital Barão de Lucena; entenda o caso

Bebê está na Emergência Pediátrica do Hospital Barão de Lucena, mas precisa ser transferido para um leito de UTI neonatal

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 11/05/2021 às 17:11
Sérgio Bernado/Acervo JC Imagem
FOTO: Sérgio Bernado/Acervo JC Imagem

Um bebê de apenas 21 dias de nascido espera por um leito de UTI enquanto está intubado, em estado grave, na Emergência Pediátrica do Hospital Barão de Lucena, no Recife. O recém-nascido apresentou, no dia 4 de maio, cansaço, muita secreção e dificuldade para respirar. Foi quando a família decidiu levá-lo à UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes.

No local, segundo contou o pai do bebê, Thiago Monteiro, os médicos teriam afirmado que o quadro dele exigia um suporte médio maior, sendo necessário transferi-lo ao Hospital Barão de Lucena. Mesmo diante da gravidade, para a surpresa do pai, o bebê de apenas 20 dias de vida encontra-se na emergência pediátrica do hospital por falta de vaga na UTI Neonatal.

A família já tem um documento assinado por um dos médicos da unidade para encaminhar o caso ao Ministério Público de Pernambuco. Mas enquanto um leito de terapia intensiva não surge, o pai teme uma piora no estado de saúde. Segundo ele, mesmo o filho tendo testado negativo para a covid-19, o risco de contrair o vírus ainda preocupa, já que o menino estaria em uma ala com muitas crianças de quadro semelhante.

A presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco tem acompanhado de perto a situação e relata alta demanda de pacientes na unidade e falta de equipamentos.

Nota do Hospital

Em nota, a direção do Hospital Barão de Lucena reconheceu a grande demanda de pacientes mas afirmou que vem garantindo o suporte necessário a todos que dão entrada na emergência. A unidade negou a falta de kits para intubação, insumos ou medicamentos e disse que aqueles que precisam de uti, enquanto aguardam um leito, recebem a devida assistência.

Sobre a denúncia de casos suspeitos de covid na emergência, a unidade afirmou que todo paciente com quadro de síndrome respiratória aguda grave precisa ficar em ala específica para realização de exame e aguardar a confirmação ou não da doença.

Caso seja descartada, há transferência para ala não covid. A direção comunicou ainda que a equipe de plantonistas foi reforçada em 75% para atender a demanda, que normalmente é maior entre os meses de março e junho, quando há aumento na incidência de vírus respiratórios.