Vacinação contra covid-19

Vacina protege o vacinado, mas não impede transmissão para amigos e familiares, explica diretor da OPAS

De acordo com o médico Jarbas Barbosa, enquanto população não estiver vacinada, uso de máscara e distanciamento social seguem fundamentais

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 16/06/2021 às 10:07
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (16), o Cientista e Diretor Adjunto da OPAS/OMS, Jarbas Barbosa, esclareceu várias dúvidas sobre as vacinas contra a covid-19 aplicadas no Brasil.

Em um dos trechos mais importantes, Jarbas alertou que pessoas que já receberam a vacina - mesmo aquelas que já foram vacinadas com as duas doses - não podem relaxar. “A vacina impede que o vacinado desenvolva a doença, mas não impede o risco de que este mesmo vacinado transmita o vírus para familiares”, afirmou o médico.

Na prática, especialistas explicam que a vacina tem o poder de impedir o desenvolvimento da doença quando o vacinado tem contato com o vírus. No entanto, a vacina não impede que o novo coronavírus entre no corpo de quem já foi imunizado nem muito menos que o indivíduo transmita o vírus para outras pessoas. Por esta razão, o médico explicou que a população precisa continuar usando máscara, mantendo o distanciamento social e evitando aglomerações.

Importância da vacina

Na entrevista, o médico voltou reforçou a tese defendida pelos melhores cientistas do mundo de que não há medicamentos que sirvam para proteger a população contra a covid-19 nem alguma droga que evite a evolução grave da doença.

“Não há medicamento para prevenir a covid-19. Usar máscara funciona, manter a distância física, evitar aglomerações, essas coisas funcionam”, disse.

O médico falou ainda que, para a sociedade estar protegida, é necessário que entre 70% e 80% dos indivíduos estejam totalmente vacinados. Por enquanto, o Brasil vacinou pouco mais de 11% da população com as duas doses da vacina, mesmo após cinco meses desde o início da campanha de vacinação.

Ouça entrevista na íntegra: