A mulher transexual que teve 40% do corpo queimado no Cais de Santa Rita, centro do Recife, na semana passada, permanece internada em estado grave. Roberta Silva, 32 anos, teve o segundo braço amputado nessa quarta-feira (30). Nesta quinta (1º), ela recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi levada à enfermaria da ala de tratamento de queimados do Hospital da Restauração.
Por causa da gravidade dos ferimentos, Roberta perdeu os dois braços. Ela chegou a ser intubada, mas, agora, respira sem ajuda de aparelhos. Nesta quinta-feira (1º), completa-se uma semana do brutal ataque. A comunidade LGBTQIA+ classifica a violência como um caso de transfobia.
O caso
Em conversa com a codeputada estadual Robeyoncé Lima (Psol/Juntas), Roberta explicou que o agressor se aproximou, jogou um liquido inflamável e ateou fogo. À codeputada, Roberta disse que a motivação da agressão foi "discriminação".
A polícia apreendeu um adolescente de 17 anos, suspeito de cometer a violência. Nesta quinta-feira (1º), ele passa por uma nova audiência do processo para prestar esclarecimentos ao juiz, mas permanece internado provisoriamente em uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Pernambuco. Por se tratar de um jovem com menos de 18 anos, o caso segue em segredo de Justiça.