entrevista

Adolescente baleada pelo padastro nos Aflitos afirma que foi abusada por ele durante oito anos

A jovem concedeu entrevista à TV Jornal e fez revelações fortes sobre o padastro, que depois se matou

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 16/08/2021 às 14:18
Michael Carvalho e Reprodução/TV Jornal
FOTO: Michael Carvalho e Reprodução/TV Jornal

A adolescente que foi baleada no ombro pelo padrasto, nos Aflitos, na Zona Norte do Recife, falou pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista ao programa Por Aqui, da TV Jornal, a jovem de 17 anos afirmou que foi abusada por ele durante oitos anos, e esse foi o motivo pelo qual a mãe dela pediu a separação. Sem aceitar o término da relação, o homem invadiu o apartamento para onde a família havia se mudado e atirou pelo menos três vezes na ex-enteada antes de se matar.

> Clique aqui e veja a entrevista completa no site da TV Jornal

"Eu passei por abuso durante oito anos. Desde 2011, 2010...até 2019, que foi quando eu consegui contar a minha mãe sobre isso. Era muito aterrorizante. Ele entrava no meu quarto de madrugada, ficava me olhando, se tocava. (...) Eu desenvolvi ansiedade e vários outros problemas. Quando contei para minha mãe foi quando tudo isso se desencadeou. Não dava mais para eles viverem uma vida a dois e nem eu ficar lá", contou a vítima.

Relembre o caso

No dia 12 de agosto, um homem de 42 anos foi até o apartamento da ex-esposa, nos Aflitos, e atirou na ex-enteada. Depois da tentativa de homicídio, ele disparou contra a própria cabeça. Segundo a Polícia Militar, o suspeito entrou no prédio com autorização e foi até o 2º andar, onde seria o apartamento da ex-mulher dele.

De acordo com vizinhos, ao menos 3 disparos foram efetuados, e afirmaram também que o homem arrombou a porta da cozinha e teve acesso ao interior do imóvel. A mulher e o filho do suspeito não ficaram feridos. A adolescente baleada chegou a ser socorrida para o Hospital da Restauração, mas não precisou passar por cirurgia.

Investigação

Os policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Instituto de Criminalística (IC) estiveram no apartamento, mas não gravaram entrevista. Um morador, que preferiu não se identificar, informo que a mulher se mudou com os filhos para o apartamento há pouco tempo.