CINEMA

Carla Diaz diz que precisou se afastar de 'julgamento pessoal' para interpretar Suzane von Richthofen

Os filmes "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais" contam a história do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 24/09/2021 às 16:21
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

O Brasil ficou chocado quando, em 2002, o engenheiro Manfred, de 49 anos, e a médica psiquiatra Marísia, 50 anos, foram brutalmente assassinados a mando da filha Suzane von Richthofen, à época com 18 anos. O caso voltou à tona com o lançamento dos filmes "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais", que contam duas versões do crime. A atriz Carla Diaz interpreta a filha do casal assassinado nas duas produções.

De acordo com os investigadores, ao lado do namorado Daniel Cravinhos, Suzane von Richthofen tramou o assassinato dos pais, que foi colocado em prática em 31 de outubro de 2002. O objetivo era um só: a busca por dinheiro. O crime foi cometido por Daniel e pelo irmão dele, Christian. Os dois mataram os pais de Suzane dentro da casa da família, em um bairro nobre de São Paulo. À Justiça, Suzane disse que foi induzida pelo namorado a cometer o crime.

Suzane e Daniel nos cinemas

Daniel Cravinho (no centro da imagem) era namorado de Suzane von Richthofen na época do crime
Daniel Cravinho (no centro da imagem) era namorado de Suzane von Richthofen na época do crime
Reprodução

Em entrevista ao jornal Extra, a atriz Carla Diaz contou que precisou se afastar do seu julgamento pessoal para viver Suzane von Richthofen nos filmes. "Eu precisava do distanciamento do meu julgamento pessoal em relação ao crime e à história real porque, se não, eu não conseguiria interpretar essa personagem em dois filmes que contam a mesma história mas com olhares totalmente diferentes. Os roteiros foram nosso norte mais importante", contou.

Daniel Cravinhos é interpretado pelo ator Leonardo Bittencourt. Tanto Leonardo quanto Carla Diaz comentaram na entrevista ao Extra que as cenas na corte, durante julgamento dos acusados, foram as mais emocionantes de filmar. Segundo os artistas, o cenário ficou muito fiel à realidade e o texto era muito forte.

Segundo o roteirista Raphael Montes e o diretor Maurício Eça, as cenas do crime, um dos momentos mais difíceis de filmar, só foram feitas ao final das filmagens dos dois filmes pois era importante que os atores vivessem todo o processo dos personagens.

Onde assistir?

Os filmes foram lançados pela Amazon, no Prime Video, na noite dessa quinta-feira (23). "A menina que matou os pais" retrata a versão de Daniel. Já "O menino que matou meus pais" é a forma como Suzane conta a história. Na prática, Suzane diz que foi induzida por Daniel a cometer o crime. Veja abaixo o trailer:

Farsa em entrevista

Em 2006, pouco antes do julgamento, Suzane estava em liberdade temporária, quando concedeu entrevista à TV Globo. Reportagem do Fantástico mostrou que a equipe de advogados de Suzane pretendiam apresentar uma farsa, pedindo para que ela mentisse e colocasse a culpa de tudo em Daniel Cravinhos. Veja a entrevista clicando aqui.