O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública alertam que 589 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta em Pernambuco, em 2020.
No cenário nacional, o quadro é desolador. Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos foram mortos de forma violenta no Brasil. Foram cerca de sete mil mortes por ano.
Conforme mostram os números, essa violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. As crianças morrem, com frequência, por violência dentro de casa, praticada por uma pessoa conhecida. O mesmo vale para a violência sexual.
A violência letal, nos estados com dados disponíveis para a série histórica, teve um pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares dos anos anteriores. No entanto, o número de crianças de até 4 anos vítimas de violência letal aumenta.
O que fazer?
Denis Larsen, que é coordenador do Unicef para o Semiárido e chefe do escritório do Recife, avalia a situação e o que pode ser feito para mudar essa triste realidade. “Precisamos que todo mundo que trabalha com crianças e adolescentes, por exemplo, na escola, num serviço de assistência social, no setor de saúde, todos identificam imediatamente quando há uma violência e ajudam a denunciar. Tem que existir uma colaboração entre todos os adultos responsáveis para que [a violência] não fique escondida”, comentou.
Ouça a entrevista completa: