Astronomia

Eclipse solar dezembro 2021: Quando vai ser? Onde ver? Como assistir? O que você precisa saber? Veja tudo sobre o eclipse solar total

O ano de 2021 ainda reserva um grande fenômeno astronômico, um eclipse solar total

JC
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Publicado em 27/11/2021 às 13:18 | Atualizado em 30/11/2021 às 15:06
Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN / AFP
Segundo a Folha de São Paulo, o último eclipse total visto no Brasil foi em 1994, há 27 anos - FOTO: Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN / AFP

Os eclipses estão dentre os fenômenos astronômicos que mais despertam curiosidade. Em 2021, são quatro eclipses, no total. Três deles já aconteceram: Eclipse lunar, em 26 de maio, eclipse solar, em 10 de junho, eclipse lunar, em 19 de novembro.

Quando vai acontecer o próximo eclipse solar? Saiba tudo sobre o último evento astronômico mais esperado no ano.

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Calendário de eclipses

Do calendário de eclipses de 2021 já ocorreram três: dois da Lua (um total e um parcial), sendo que o último aconteceu recentemente, em 19 de novembro, e um terceiro, que foi o eclipse Solar anular, em 10 de junho. Agora, falta o último eclipse do ano será, que será solar e total.

Onde ver o eclipse solar?

O ano de 2021 se encerra com um dos mais maravilhosos eventos astronômicos, que acontecerá no sábado, dia 4 de dezembro. Esse eclipse solar total só será totalmente visível na Antártica, e a posição ideal para vê-lo é na região do Mar de Weddell.

O início do eclipse parcial começa às 5h29 UTC (2h29 AM hora Brasil), no primeiro lugar onde fica visível. O eclipse total começa às 7 UTC. O eclipse máximo ocorrerá às 7:34 UTC (ou seja, às 4h34 AM hora Brasil). A fase de totalidade pode ser vista por 1 minuto e 54 segundos, e estará bem na orla do continente Antártico, ao norte da plataforma de Gelo Filchner-Ronne.

O eclipse poderá ser avistado de forma total desde a Antártica e parte dos oceanos Atlântico, Pacífico e Antártico; enquanto isso, uma parte muito pequena do leste da Terra do Fogo (Argentina) e do sul do Chile, as Ilhas Malvinas, alguns pontos da Austrália, da Nova Zelândia, África do Sul e Namíbia verão um eclipse solar parcial, por alguns minutos.

No caso da Terra do Fogo, se o tempo permitir um céu limpo na área de trânsito, poderá ser visto um eclipse parcial fraco, e apenas no extremo leste da província, por exemplo, na Ilha dos Estados, com cobertura de 27% do disco solar. Para esse local, a hora do eclipse parcial máximo será após o nascer do sol, às 4:42 AM (hora local).

Obstáculos

O clima no Oceano Antártico e na Antártica não é fácil. Além das baixas temperaturas, ventos fortes e uma paisagem totalmente congelada e isolada, essa área não se caracteriza pela frequência de dias claros, que é justamente o mais importante, quando se trata da observação desse fenômeno.

Além disso, esse eclipse ocorre em uma época difícil do ano para a parte mais meridional do planeta. No início de dezembro, recém iniciado o verão meteorológico no Hemisfério Sul, a quantidade de gelo marinho presente ainda é importante e considera-se uma data precoce para visitar as Ilhas Orcadas do Sul, por exemplo. No entanto, as condições mudam a cada ano.

Uma dificuldade adicional para a observação é que o eclipse é próximo à hora do nascer do Sol, então sua altura será muito baixa, por isso, é altamente recomendável procurar um horizonte livre de obstáculos, na direção sul-sudeste.

Só para os sortudos

São oferecidas três opções para poder testemunhar este eclipse solar particular: de forma “terrestre” desde a calota polar de Borne, por mar, através de um navio de cruzeiro, ou do ar, em um voo especial. Essa última opção é a que melhor se adequa, no caso de a nebulosidade tentar estragar os planos dos entusiastas, e é também a única alternativa das três que quase pode garantir que enxergarão o eclipse, além de ser a "menos" cara. Tomar um desses voos exclusivos para o eclipse com vistas maravilhosas varia de 10 mil a 28 mil euros.

A opção “terrestre”, que na verdade é da camada de gelo, tem uma perspectiva meteorológica bastante aceitável, custa em torno de 38 mil euros, e consiste no voo de avião que leva você diretamente de Ushuaia, na Argentina, ou Punta Arenas, no sul do Chile, até o Glaciar Unión na Antártica, de onde pode ser observado o eclipse.

Por último, existe a opção marítima, desde um cruzeiro especial ou iate de expedição. Essa via tem alguma mobilidade, pela qual aumentam as possibilidades de observação do eclipse. Nesse caso, os valores sobem de 21 mil a 78 mil euros.

Os sortudos que podem realizar qualquer uma dessas opções não só terão uma experiência incrível, se conseguirem ver o eclipse solar total, mas também serão acompanhados por um dos cenários mais fascinantes do planeta, rodeado por uma paisagem única e extraordinária, como é o continente branco.

Eclipse total visto do Brasil

Segundo a Folha de São Paulo, o último eclipse total visto no Brasil foi em 1994, há 27 anos, e, neste ano, não será possível ver o eclipse em sua totalidade, novamente. Antes dele, o último eclipse solar foi em 1991, na região amazônica. O próximo eclipse solar total no Brasil, provavelmente, só acontecerá no ano 2046. 

O que é um eclipse solar?

O eclipse solar corresponde a um fenômeno astronômico em que a luz solar é encoberta pela lua. Sua ocorrência depende da combinação de muitos fatores. 

Um eclipse solar é um fenômeno astronômico que ocorre sempre que a Lua se posiciona entre o planeta Terra e o Sol, formando uma sombra que abrange um pequena faixa da superfície terrestre, fazendo com que, durante o eclipse, essa área fique escura, durante um intervalo de tempo limitado do dia.

Quais os tipos de eclipse solar?

A área umbral, ou seja, a área na qual a umbra se apresenta, é onde se manifesta o eclipse de forma total, onde fica totalmente escuro durante o eclipse. Já a área penumbral é aquela onde o eclipse ocorre apenas parcialmente, com uma breve sombra.

Dificilmente ocorrem dois eclipses solares com características idênticas, pois suas ocorrências dependem do grau de inclinação da órbita lunar e também da distância da Terra com a Lua e com o Sol durante o fenômeno astronômico. Assim, dependendo dessa distância, não se chega a formar uma sombra por completo, mas apenas um “ponto preto”, que seria a Lua, em menor tamanho aparente, passando em frente ao Sol diante de sua visão na Terra.

Portanto, quando a Lua está perto da Terra e a Terra está longe do Sol, forma-se uma sombra completa, e quando a Lua está mais longe da Terra, forma-se uma sombra incompleta. Desse modo, classifica-se os eclipses solares em:

  • Eclipse solar total: quando toda a luz do sol é ocultada pela Lua
  • Eclipse solar parcial: quando apenas parte da luminosidade solar é ocultada pelo disco lunar.
  • Eclipse anelar: quando o tamanho da Lua não é o suficiente para encobrir toda a área do sol, formando um “anel” em volta do satélite natural da Terra.
  • Eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão e anelar em outros, em virtude do grau de inclinação da órbita lunar.