ELEIÇÕES 2022

ELEIÇÕES 2022: "completa ignorância", LULA é criticado por entidades agropecuárias após fala no JN

Confira o que entidades de trabalhadores rurais declararam sobre a fala de Lula, que se referiu a existência de "fascistas" no agronegócio.

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 29/08/2022 às 11:40 | Atualizado em 29/08/2022 às 11:43
Reprodução.
Confira o que entidades agropecuárias declararam sobre fala de Lula no Jornal Nacional. - FOTO: Reprodução.

A fala de Lula, candidato do PT nas eleições de 2022, no Jornal da Nacional, da última quinta-feira (25), repercutiu entre as entidades que reúnem os agricultores e empresários do agronegócio brasileiro. 

Visto de forma negativa, as entidades repudiaram a fala do candidato do Partido Trabalhista (PT), mesmo que esse tenha se referido a uma parte do agronegócio. 

Quando questionado pela jornalista Renata Vasconcellos sobre o agronegócio, Lula respondeu ao destacar uma divisão no setor. 

"Antes da gente abordar um pouquinho sobre os Sem Terra, preciso fazer esse esclarecimento, porque como o senhor colocou parece que o setor do agronegócio faz oposição ao meio ambiente sustentável...", falou Renata. 

"Faz, faz mesmo... Veja, o agronegócio que é fascista e direitista, porque os empresários sérios, que trabalham no agronegócio, que tem comércio no exterior, que exporta para a Europa, para China, esses não querem desmatar! Esses querem preservar nossos rios, querem preservar nossas árvores, querem preservar nossas faunas, esses não.", disse Lula. 

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ELEIÇÕES 2022: Entidades agropecuárias repudiam fala de Lula 

Com a fala de Lula, algumas entidades que reúnem trabalhadores rurais repudiaram e se colocaram em oposição à fala do candidato à presidência. 

A Aprosoja, do Mato Grosso, emitiu uma nota sobre o incômodo que a fala causou em algum dos trabalhadores rurais.

"Lamentamos profundamente ter que escrever uma nota para repudiar a fala do então candidato a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo na noite do último dia 25, que em um lapso de espontaneidade, fez menção desonrosa à parte dos produtores que não aderem ao seu projeto de governo chamando-os de "Fascistas"."

A entidade ainda completou. 

"Sobre este ataque vil e ofensivo, não há outra coisa a ser dita se não de que repudiamos veementemente e lastimamos que alguém que pense dessa forma sobre o seu próprio povo esteja postulando ao mais alto cargo da República."

Além da Aprosoja-MT, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) também expressaram seu contraste com as palavras do candidato do PT. 

"Durante sua participação no telejornal, Lula nominou como “fascista” o agronegócio brasileiro, demonstrando completa ignorância sobre a importância e a realidade do nosso setor."

"Mais do que sustentar o país economicamente, a pecuária e a agricultura brasileiras são reconhecidas pela importância fundamental para a segurança alimentar do mundo. Assim, este setor não pode ser taxado como violento e autoritário. Afinal, não há símbolo maior de paz, democracia e relevância do que “produzir alimento” para a população mundial. Dedicamos a vida para assegurar a sobrevivência da humanidade.", ressaltou a ABCZ. 

Outra entidade que tomou posicionamento foi a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP)

"A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) vem a público esclarecer que os produtores paulistas estão longe do espectro fascista a que se referiu um dos candidatos à presidência da República, em entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta-feira (dia 25 de agosto), como classificou “o agronegócio” em sua fala.", constata a instituição em "nota de responsabilidade". 

"A FAESP esclarece que os produtores demonstram – e continuam demonstrando- para toda a sociedade brasileira que defende a agropecuária sustentável, colocando em prática diversas ações e programas com esse objetivo. O resultado é que os produtores contribuem para a segurança alimentar do Brasil e de mais de 200 países do mundo, para o qual exportam."

 

 

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