DISPUTA JUDICIAL

CIRO GOMES pode ser despejado em breve? Dono de apartamento onde Ciro mora ameaça ir à Justiça pedir ordem de despejo

Dono do imóvel afirma que Ciro estaria vivendo em um apartamento seu, arrematado após leilão judicial, sem pagar aluguel

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 31/08/2022 às 9:35 | Atualizado em 31/08/2022 às 9:40
Notícia
Renato Pizzutto/Divulgação/Band
Ciro Gomes (PDT), no debate na Band - FOTO: Renato Pizzutto/Divulgação/Band

O ex-governador do Ceará e atual candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, pode ser despejado do apartamento onde mora em Fortaleza em breve.

Isso porque o dono do imóvel, o ex-senador e adversário político de Ciro, Eunício Oliveira (MDB) afirmou que recorrerá à Justiça para tirar o pedetista do apartamento.

Em uma sequência de tuítes recheados deacusações contra Gomes, o emedebista afirma que Ciro estaria vivendo em um apartamento seu, arrematado após leilão judicial, sem pagar aluguel.

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"Ciro, você vendeu seu apartamento para pagar dívidas com a Justiça, e eu comprei. Você mora lá e tem vida nababesca, com dinheiro do Fundo Partidário, mas não paga aluguel", escreveu o ex-senador. "Entrarei com uma ordem de despejo", completou.

JUSTIÇA JÁ DECIDIU CONTRA CIRO

Em novembro de 2021, a juíza Paloma Moreira de Assis Carvalho, do TJ-SP, determinou que Ciro Gomes (PDT) entregue apartamento arrematado em leilão para quitar indenização de dano moral em processo movido pelo ex-presidente e senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (Pros).

O processo movido contra Ciro foi provocado por entrevista em que ele afirma que o ex-presidente Lula deveria ter chamado Collor de "playboy safado" e "cheirador de cocaína" nos debates eleitorais de 1989.

Quem arrematou o imóvel foi o ex-senador Eunício Oliveira (MDB) pelo valor de R$ 520 mil. No recurso que questionava o leilão, Ciro sustentou que a ação movida por Collor tinha vícios, nulidades e recursos pendentes.

Ao analisar o recurso do pedetista, a magistrada apontou que não há provas suficientes para declaração de fraude à execução e tampouco demonstração de má-fé na aquisição do imóvel.

"Dessa forma, com vistas a findar o procedimento, entregando-se o bem ao arrematante de boa-fé, determino que seja resguardado o valor depositado para pagamento da Caixa Econômica Federal, a qual deverá informar nos autos dos embargos à execução, em trâmite na 7ª Vara Cível Federal de São Paulo, a realização do acordo. Com o trânsito em julgado da presente decisão, expeça-se a carta de arrematação ao arrematante Eunício Lopes de Oliveira", escreveu a juíza.

"ARREMATEI DE SACANAGEM"

Em entrevista à revista Veja, Eunício afirmou que o imóvel estava barato e que o arrematou "de sacanagem". "O homem não administra nem o patrimônio dele, quer administrar o Brasil?", provocou na ocasião.

À época, Eunício também revelou o que vai fazer com o apartamento que tirou do rival. “Primeiro, vou fazer uma foto bem bonita no dia em que o Ciro for tirar os bagulhos dele de lá. Depois, vou emprestar para os amigos que quiserem passear na praia”, disse Eunício.

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