Apesar das imagens chocantes da tentativa de assassinato cometida por um brasileiro contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chama atenção a reação discreta do governo brasileiro.
O crime aconteceu por volta das 21h da quinta-feira (1), mas, até às 7h30 da manhã de sexta-feira (2), Bolsonaro ainda não havia se pronunciado sobre o caso.
Na manhã desta sexta, no Twitter, Bolsonaro fez publicações sobre a Lei Aldir Blanc e sobre Iphan.
Nem mesmo uma nota de repúdio contra a violência sofrida pela vice-presidente argentina o governo emitiu.
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Por enquanto, apenas o Itamaraty se pronunciou. Em entrevista ao blog de Andreia Sadi, no G1, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que tenta mais informações sobre Fernando Andrés Sabag Montiel.
A vice-presidente da Argentina costuma se alvo de críticas por parte de Bolsonaro, por posicionamentos ideológicos.
No entanto, mesmo os próprios políticos opositores de Cristina na Argentina, repudiaram o atentado minutos depois da tentativa de assassinato.
Lula se pronuncia
O candidato à Presidência pelo PT, Lula, repudiou o caso. "Toda a minha solidariedade à companheira
@CFKArgentina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa", tuitou o petista.
"Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio politico que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas", finalizou Lula.
Quem é o criminoso?
O atirador é brasileiro e filho de pais estrangeiros. Ele tem 35 anos e antecedentes criminais na Argentina.
À Andreia Sadi, Carlos França disse que o atentado contra Kirchner é uma "violência injustificável".
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