![CARLOS ALVES MOURA/SCO/STF](https://imagens.ne10.uol.com.br/veiculos/_midias/jpg/2022/10/27/806x444/1_52425973563_6a714afff9_o-21952941.jpg)
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decidiu que Silvinei Vasques, diretor da Polícia Rodoviária Federal, pare "imediatamente" operações sobre transporte público de eleitores neste segundo turno das eleições.
Caso não cumpra a ordem, Moraes determinou que Silvinei receberá multa pessoal e horária de R$ 100 mil, além do afastamento das funções e prisão em flagrante por desobediência e crime eleitoral.
A coligação de Lula (PT) acionou o TSE porque a PRF estaria com operações de fiscalização no intuito de comprometer o deslocamento de eleitores nos veículos, principalmente no Nordeste.
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DETERMINAÇÃO DO TSE
O TSE havia determinado que a corporação não fizesse operações no transporte público, porque iria atrapalhar a votação.
Ao longo do dia, mais de 500 operações, que não deveriam estar acontecendo, foram confirmadas. Devido à isso, diante desses relatos, Moraes exige um pronunciamento de Vasques.
"Oficie-se, com urgência, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal para informar imediatamente sobre as razões pelas quais realizadas operações policiais [...] relacionadas ao transporte público de eleitores", escreveu Moraes.
BLOQUEIOS DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
Segundo relatos, os bloqueios são na região Nordeste, onde Lula (PT) tem melhores índices de votos
- Cuité (PB): prefeito denuncia blitz da PRF
- Jacobina (BA): relato de blitz
- Benevides (PA): PRF para ônibus com eleitores
- Garanhuns (PE): bloqueio em Garanhuns
OPERAÇÃO DE HOJE DA PRF FOI PLANEJADA
Segundo Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, a ação da Polícia Rodoviária Federal que acontece, principalmente, nas estradas do Nordeste, onde Lula é mais intencionado que Bolsonaro, foi articulada pela campanha do candidato à reeleição.
Conforme a apuração do jornalista, a operação foi articulada no dia 19 de outubro, uma quarta-feira, onde houve uma reunião com aliados de Bolsonaro.
"Nem seria preciso dar uma ordem explícita para nada. Como o efetivo dessas forças policiais é basicamente composto de simpatizantes do presidente, a consequência é de uma operação como essa é óbvia", afirmou um integrante da campanha.
*Matéria em atualização
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