Considerada uma das maiores - se não maior - atrizes do Brasil, Fernanda Montenegro tem uma carreira brilhante no teatro, na TV e nos cinemas, chegando a ter sido indicada ao Oscar. Mas nem só de sucessos é marcado o currículo da mãe de Fernanda Torres.
Em 1997, estreava no horário das 19h da Globo, a novela Zazá. Na história, a protagonista interpretada por Fernanda Montenegro era uma empresária excêntrica que acreditava ser filha de Santos Dumont.
Durante um voo de asa delta, Zazá viu o formato de anjos em nuvens e passou a procurar anjos reais para cuidar de cada um de seus filhos. O elenco contava com Ney Latorraca, Nathália Timberg, Paulo Goulart, Marcello Novaes, Letícia Spiller, entre outros.
O problema é que a novela não foi bem aceita pelo público, chegando a 31 pontos de audiência - o que era considerado pouco para a época.
“Nunca digo desta água não beberei, mas espero ficar um bom tempo sem protagonizar outra novela”, disse Fernanda em entrevista ao jornal O Globo.
“Não estamos ali para fazer a novela da posteridade. Trata-se de uma comédia leve, infanto-juvenil, sem exigência dramática. Ninguém espera que dê 60 pontos no Ibope. Nem a trama das 20h dá isso”, comentou Fernandona.
“Fazer novela é como dar um salto num abismo: é preciso estar preparado para as intempéries. Nenhuma novela é sucesso com mais de 200 capítulos. Depois do septuagésimo, tudo cai no brutal. Se for drama, o ator cansa de fazer cara de triste. E, se for comédia, de fazer humor. Nem uma Sarah Bernhardt aguentaria.”, finalizou.
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NOVELA ZAZÁ TAMBÉM DEIXOU RITA LEE IRRITADA
Cantando o tema de abertura de Zazá, Rita Lee também se sentiu decepcionada. “Hoje em dia, emplacar um tema de abertura de novela é faca de um gume só, ou seja, sua música queima mais depressa que baseado em palha de milho e não se recebe um tostão sequer. A tal da Zazá, por exemplo, foi péssimo para mim: era uma homenagem bacana a Fernanda Montenegro como Mulher Maravilha, a letra a convidava para a presidência da República entre outras loas", disse Lee em e-mail ao Jornal do Brasil.
“Fui convidada a acrescentar o refrão chatinho que acabou por destruir a música de vez: 'Cadê Zazá, Zazá, Zazá!!!!!!!!!!!!'... Burrice minha. Músicas inseridas dentro das novelas são 200 vezes mais eficientes e saturam bem menos. Aprendi que abertura de novela nunca mais".
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