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PETS: Especialistas pedem para que as pessoas não comprem mais cães da raça Pug; entenda

A raça é mais propensa a sofrer com uma variedade de problemas de saúde

Lívia Almeida
Lívia Almeida
Publicado em 20/05/2022 às 21:09
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Os Pugs são mais propensos a vários problemas que colocam sua saúde em risco - FOTO: Shutterstock

Se você é uma das várias pessoas que é apaixonada pela fofura da raça Pug, temos uma notícia triste: de acordo com estudo realizado no Reino Unido e publicado na Canine Medicine and Genetics, os cachorros dessa raça já não podem mais ser considerados um "cão natural".

O Pug tem feições fofas como focinho achatado, corpo gordinho e rabo enrolado, que chamam atenção. Mas são exatamente esses fatores que pioram a saúde do animal.

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Royal Veterinary College (RVC), isso acontece porque os Pugs tem uma probabilidade duas vezes maior de sofrer com um ou mais distúrbio de saúde por ano. Do ponto de vista científico, essa propensão não pode ser considerada normal.

Os estudiosos que participaram da pesquisa reforçaram que são necessárias ações urgentes para reduzir a alta taxa de problemas de saúde relacionados à raça. E uma dessas ações é que as pessoas parem de comprar o animal.

Segundo Dan O'Neill, principal autor do estudo, "embora extremamente populares como pets, agora sabemos que vários problemas graves de saúde estão ligados à forma corporal extrema dos Pugs que muitos humanos acham tão fofo. (...) Agora é hora de nos concentrarmos na saúde do cão, e não nos caprichos do dono, quando estamos escolhendo que tipo de cão ter".

O estudo comparou a saúde de 4.308 Pugs e 21.835 não-Pugs. Foi assim que chegaram ao resultado de que a raça de focinho achatado é cerca de 1,9 vezes mais predisposta a ter um ou mais distúrbios no período de um ano, em comparação a outros cães.

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Os maiores problemas ocorrem por conta da braquicefalia, doença que obstrui as vias aéreas: os Pugs tem 54 vezes mais chances de sofrer por causa dessa condição. Outros fatores que apresentam riscos são narinas estreitadas, obesidade e infecções nas dobras cutâneas.

"Enquanto essas características extremas e insalubres permanecerem, continuaremos a recomendar fortemente que os proprietários em potencial não comprem raças braquicefálicas, como Pugs", finaliza Justine Shotton, presidente da British Veterinary Association (BVA).

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Os Pugs são mais propensos a vários problemas que colocam sua saúde em risco - FOTO:Reprodução
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