No último sábado (25), a atriz Klara Castanho, de 21 anos, compartilhou nas redes sociais uma carta aberta.
No documento, ela revela que engravidou fruto de um estupro, já na reta final da gestação e entregou o bebê para a adoção.
QUANDO OS RUMORES COMEÇARAM
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Durante uma participação no programa The Noite (SBT), com Danilo Gentili, no dia 16 de junho, o jornalista Léo Dias relatou que nas últimas semanas havia "vivido um dilema profissional".
O colunista disse que refletiu sobre publicar ou não uma reportagem sobre uma atriz e que o tema teria um teor grave. Na ocasião, nenhum nome ou detalhes do caso foram citados.
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PARTICIPAÇÃO DE ANTONIA FONTENELLE
No dia 24, em sua conta do Youtube, Antônia Fontenelle fez uma live e afirmou que a história citada por Leo Dias se tratava de uma atriz da Globo de 21 anos que havia engravidado escondido e entregue a criança para a adoção, em seguida ao nascimento.
Apesar de não ter citado diretamente o nome de Klara, os detalhes citados por ela fizeram com que os internautas associassem a história à atriz.
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Ao longo do sábado, o nome de Klara Castanho tornou-se um dos assuntos mais comentados do Twitter.
Diversos comentários divergentes sobre o que teria motivado a ocultação da gravidez tomaram conta das redes sociais.
Até que, por volta das 20h do sábado, a atriz quebrou o silêncio em suas redes sociais.
CARTA ABERTA DE KLARA CASTANHO
"Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recente", a atriz começa a carta.
"No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada", segue o comunicado.
Por se sentir envergonhada, Klara não registrou o crime na polícia e tomou uma pílula do dia seguinte para evitar a gravidez. Todavia, ela descobriu a gestação já na reta final.
"Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga. Me senti novamente violada, novamente culpada", diz na carta.
Após o nascimento da criança, a atriz seguiu os trâmites jurídicos e entregou o bebê à adoção. Contudo, mais uma violência aconteceu.
Desta vez psicológica. O médico obrigou a escutar o coração do bebê e uma enfermeira ameaçou que a história poderia vazar para colunistas.
"Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob o efeito da anestesia.
Eu não tive tempo de processar tudo aquilo que estava vivendo, de entender, tamanha era a dor que eu estava sentindo. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar", ressaltou.
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O marido da enfermeira, que não foi identificado, procurou veículos de comunicação para vender as informações sobre Klara Castanho.
O homem, inclusive, teria se irritado após jornalistas negarem. Foi explicado a ele que a imprensa não costuma comprar informações.
"Minha história se tornar pública não foi um desejo meu, mas espero que, ao menos, tudo o que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem."
Entregar uma criança em adoção não é um crime, é um ato supremo de cuidado. Eu vou tentar me reconstruir e conto com a compreensão de vocês para me ajudar a manter a privacidade que o momento exige", assim encerra o documento.
CARTA ABERTA NA ÍNTEGRA
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